Publicado em: 14 set 2021

Médico é afastado de hospital após paciente denunciar agressão com gravata e socos

Samuel ficou com olhos roxos e com escoriações, como mostra foto à direita. À esquerda, uma imagem dele antes de ter sido agredido. — Foto: Arquivo Pessoal

Um médico plantonista do Hospital Municipal de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi afastado depois que um paciente disse ter sido agredido e ameaçado pelo profissional. De acordo com a Polícia Militar (PM), a denúncia foi registrada em um boletim de ocorrência nesse fim de semana.

O paciente, de 32 anos, afirmou à PM que foi agredido com uma gravata e socos depois que pediu um medicamento ao médico Alexandre Araújo. De acordo com o boletim de ocorrência, o homem disse aos policiais que, ao fazer o pedido, o plantonista o teria mandado “calar a boca” e ele respondeu que não poderia ser tratado daquela forma.

“Na hora que eu fui sair pro banheiro, ele estava no corredor me esperando, perguntou como a gente iria resolver isso”, contou Samuel. De acordo com o registro da PM, ele disse que, nesse momento, o médico o segurou com uma gravata e também o derrubou no chão, dando vários socos.

Segundo Samuel, depois disso, ele recebeu um remédio aplicado na veia por um enfermeiro. “O médico falou que estava agitado, que eu tinha problema psiquiátrico”, afirmou o paciente, acrescentando que, em momento algum, apresentou agitação.

Por causa das agressões, ele ficou com olhos roxos e com escoriações. “E meu nariz também sangrou muito”, afirmou. “Eu brinquei que não queria o remédio que ele deu pro outro paciente que ficou dormindo direto. Não foi motivo para fazer o que ele fez”.

Sem acompanhantes

Samuel foi levado ao hospital por suspeita de encefalite viral e exames realizados na unidade apontaram um problema no coração, que agora vai exigir uma cirurgia. Enquanto aguarda o procedimento, ele segue internado na mesma unidade.

No momento da agressão, Samuel estava sozinho, sem acompanhantes. Ele contou que entrou em contato com uma amiga e pediu que ela avisasse a família, porque ele não queria ficar mais no hospital.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

A doméstica Camila Aparecida Ferreira Meireles, 34 anos, disse que, após a agressão, o irmão está podendo ser acompanhado.

“Uma enfermeira me contou chorando que nunca viu isso acontecer e disse que tudo que meu irmão falou era verdade”, contou.

Afastado pela diretoria

Após receber a denúncia, os policiais fizeram contato com o coordenador do turno, que informou que o médico havia sido afastado pela diretoria.




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