Publicado em: 10 maio 2017

Walter Galvão e Nilvan Ferreira batem boca ao vivo na rádio Arapuan

A polêmica entre o radialista Nilvan Ferreira, da Arapuan FM, e a prefeitura municipal do Conde, teve hoje um novo capítulo. O motivo foi uma denúncia de que o cemitério de Jacumã estaria fechado, prejudicando o sepultamento de um recém-nascido. A família disse ter tido que arrombar o portão para providenciar o enterro. Por causa disso, o secretário de Comunicação da gestão municipal, Walter Galvão, foi ao estúdio e informou que a família não teria solicitado com antecedência o sepultamento, procedimento necessário uma vez que há apenas três coveiros para os cinco cemitérios. Segundo ele, a demora ocorreu porque o funcionário estava em outro local e precisou se deslocar para atender a demanda.

 “A gestão não foi comunicada da necessidade de abrir o cemitério para realizar o sepultamento. Não há uma demanda diária que seja necessário a abertura permanente de qualquer um dos cinco cemitérios de Conde. A cidade tem o mesmo tamanho de João Pessoa e eles ficam fechados por uma questão protetiva, já que não há enterros diariamente. No caso específico de Jacumã, o coveiro estava em Gurugi. São cinco cemitérios e três coveiros. Você pode perguntar por que não aumentar esse contingente, mas estava funcionando e sempre atendendo à população. Até dezembro, as famílias comunicavam ao coveiro, mas a prefeita Márcia sentiu a necessidade de estrutuar o setor e criar uma diretoria para a administração dos cemitérios. Então, na secretaria de Infraestrutura foi criada a diretoria e quem responde por ela é Nelson. Ele foi comunicado às 13h36 minutos, foi buscar o coveiro e em 30 minutos ele estava lá. Ele permaneceu por quase uma hora aguardando as exéquias e essa oportunidade é boa para apresentar também as condolências à família”, disse Galvão.

 “O senhor não acha que foi uma humilhação isso, não? E agora a prefeitura fica querendo explicar que não foi avisada? Não é muito estranho uma prefeitura ter cinco cemitérios e só três coveiros?”, indagou o radialista.

 “Essa é uma realidade que estamos tentando transformar. É preciso ver a demanda e até agora não havia necessidade porque neste período nunca havia tido mais de um enterro simultaneamente e ontem teve quatro ao mesmo tempo. A gente se coloca no lugar da família e aqui ficam as nossas condolências. É preciso que a família diga a quem foi informado”, ponderou o secretário.

 “O senhor não acha que a prefeitura tinha feito um serviço melhor se não tivesse usado boa parte do tempo em obrigar os servidores a usar saias segunda-feira? O senhor vestiu saias e falou mal de mim nas redes sociais. Não teria sido melhor cuidar para que a gestão funcionasse?”, alfinetou Nilvan.

 Em meio a críticas ácidas do apresentador do Rádio Verdade, o jornalista Walter Galvão disse que seu interlocutor seria “covarde” e teria distorcido os fatos.

 “Tenho 21 mensagens dizendo que eu saia daqui porque o apresentador só quer que prevaleça a vontade dele. Você botando o dedo na minha cara… Eu posso falar?”, disse o secretário enquanto era aparteado pelo apresentador, que questionou se a gestão teria denunciado o avô da criança pelo dano ao portão do cemitério. “Vocês transformaram a prefeitura num picadeiro. E você foi um dos que incentivou”, retrucou Nilvan: “Você esqueceu seu papel de secretário para exercer um outro papel”.

 Neste ponto, Galvão disse que Nilvan estaria adotando uma atitude covarde. “Sua atitude é covarde. Você age covardemente. Você não é dono da verdade. Você enfia o dedo na cara da gente. Você fez isso comigo. Você não permite que haja um diálogo. Age covardemente quando ataca sem permitir direito de resposta. Qualquer jornalista ou iniciante em comunicação sabe que o direito de resposta é básico e nem você nem sua equipe nunca nos telefonou para nos ouvir sobre qualquer assunto. Quando alguém tenta explicar, você chama de babão. Você age covardemente quando ataca as pessoas, não deixa que elas respondam, é irresponsável como comunicador. Escolhe um alvo e ataca por trás da pior forma possível. Hoje, eu pedi humildemente um espaço para dizer que não fomos notificados pela família. Ninguém sai de um hospital direto para enterrar alguém num cemitério. Há um trâmite”, disse Walter.

 Ao fim, o radialista negou que tivesse um interesse escuso ao criticar a prefeitura do Conde: “Essa não foi a primeira e nem a última briga que vou pegar aqui. Vou pegar sempre. Eu não preciso de um Real da prefeitura de Conde para viver. Eu vivo muito bem porque João Gregório me paga muito bem. Eu ganho um dos maiores salários da Paraíba para fazer isso aqui com independência. Eu não preciso do dinheiro de Márcia Lucena nem de Walter Galvão nem de ninguém. Ainda botei mais duas lojas para vender roupas que é justamente para não precisar de mixaria. Dêem seu dinheiro a outro porque eu não preciso!”.

 

 

ParlamentoPB



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