Publicado em: 20 abr 2022

Vereadora denuncia chacina de gatos e cobra ação do Centro de Zoonoses e realização de campanhas contra crueldade animal

A vereadora Fabíola Rezende (PSB) denunciou na manhã dessa terça-feira (19) mais um crime cometido contra os animais ocorrido na última sexta-feira (15) no Mercado Central, na capital paraibana. Em pronunciamento na sessão da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), ela apontou e repudiou a matança de mais de dez gatos no principal espaço de feira livre da cidade, que foram mortos e esquartejados com requintes de crueldade.

“A gente ficou muito triste e abalado com o que aconteceu no Mercado Central. Houve uma chacina lá que, da mesma forma que ocorreu com os animais, também poderia e pode ocorrer com pessoas que frequentam ou trabalham naquele local”, denunciou Fabíola Rezende.

A vereadora relatou que seu João do Milho, muito conhecido no Mercado Central, foi ameaçado de morte e, ao tomar conhecimento, saiu do local. O autor das ameaças então, “por saber que seu João do Milho, que alimenta aqueles animais no Mercado Central, de forma brutal e por vingança, matou e esquartejou mais de dez gatos” que eram cuidados pelo ameaçado. E acrescentou: “Imaginem esses animais morrendo, agonizando, sofrendo, da forma como foram mortos”.

Fabíola Rezende lembrou que os animais sentem dores iguais aos seres humanos. Ela cobrou providências das autoridades e pediu que a população denuncie os maus-tratos aos animais. Ela lembrou que a chacina dos animais acontece justamente no ‘Abril Laranja’, mês dedicado à conscientização e à prevenção aos maus-tratos dos animais.

A parlamentar destacou que o fato precisa impactar de tal forma a sociedade para que se perceba a urgência de se colocar em prática políticas públicas para a causa animal. “Peço que possamos nos unir diante do que está acontecendo, para que a gente realize uma castração em massa de animais. Talvez, para o poder público isso possa parecer difícil, mas não é. É uma questão de se administrar a situação, procurar as ongs os protetores que estejam dispostos, que realmente defendam a causa”, afirmou.

Embora compreenda a impossibilidade de oferecer um lar para cada animal em situação de rua em João Pessoa, Fabíola insistiu que a castração em massa pode ser uma solução viável e sugeriu que o poder público, principalmente a Prefeitura de João Pessoa (PMJP), disponibilize um local de apoio para o pós-operatório dos animais. “É preciso castrar, marcar esses animais através de chip ou outro método e colocá-los de volta ao habitat natural deles. Porque há pessoas de bom coração, como Seu João do Milho, que alimentam e monitoram esses animais”, reforçou.

Campanhas de conscientização

Fabíola também se queixou da ausência de campanhas de conscientização por parte da prefeitura pessoense ao que se refere ao ‘Abril Laranja’, mês da prevenção contra a crueldade animal. “Se temos um órgão que deveria estar funcionando de forma a chamar a atenção para a causa animal seria a Coordenadoria do Bem-estar Animal e Ambiental, da prefeitura”, disse. Ela ainda lembrou que o Centro de Zoonoses tem sido criticado pela falta de vagas, em função da alta demanda concentrada por castrações de cães e gatos.

“É aí que vem a questão das ongs e dos protetores independentes se unirem de verdade para a gente ter um local para cuidar dos animais no pós-operatório”, acrescentou. União, para a vereadora, é fundamental: “Se os representantes da causa animal não se unirem de forma tal para combater tudo isso que está acontecendo, fica difícil para uma pessoa só combater. E ninguém faz nada sozinho”.

Na sessão, o vereador Marcos Henriques (PT) apoiou o pronunciamento da colega Fabíola: “Muita gente não cria um animal por uma questão financeira, porque sabe que o veterinário é caro, e, de repente, se você tem um poder público que possa dar essa mão, a gente ia ter um acolhimento melhor por parte das pessoas que têm compaixão e que gostam de animais”.

O líder da bancada governista na Câmara, vereador Bruno Farias (Cidadania), reforçou que, assim como Marcos Henriques, se sentia feliz por ter a oportunidade de aprender e testemunhar o amor demonstrado por Fabíola com a causa animal.




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