Socioeducandos do CEA-JP participam do Primeiro Torneio de Tênis de Mesa
De acordo com Paulo Henrique, coordenador pedagógico no Centro Educacional do Adolescente (CEA), o principal objetivo do torneio foi estimular tanto o desenvolvimento integral do socioeducando (mental e corporal), quanto para a importância de saber lidar com limites, regras e competição. “Entender que pedagogicamente o torneio pode ser um elemento voltado à cooperação, e não como uma atividade de rivalidade”, enfatizou.
“Devido à situação da pandemia mundial, as aulas de práticas esportivas na escola foram temporariamente canceladas, mas, com o início das aulas no modelo híbrido, que mescla aulas presenciais e virtuais, surgiu a possibilidade de voltar às atividades esportivas, mantendo todo o protocolo de segurança”, relatou o coordenador pedagógico.
A iniciativa de promover o Torneio de Tênis de Mesa no CEA partiu das aulas ministradas pelo professor Walter Gomes de Albuquerque, sobre a modalidade esportiva. “Há mais de três meses, venho ministrando aulas de tênis de mesa para os internos. No início, com aulas remotas e vídeos demonstrando a maneira de jogar o esporte. Em seguida, vieram as aulas presenciais tão aguardadas por eles, onde muitos, em sua grande maioria, não tinham a mínima noção de como era a modalidade”, comentou.
Após um lento processo, mas com total visão de evolução e vontade de aprender, o professor começou a liberar as raquetes e bolas durante os finais de semana para que os agentes socioeducativos pudessem praticar o tênis de mesa com os socioeducandos. “Foi quando os socioeducandos começaram a praticar e ganhar as partidas dos agentes. Era uma festa quando eu retornava na semana seguinte. Então, para finalizar com chave de ouro, criamos esse Primeiro Torneio de Tênis de Mesa do CEA”, relatou o professor.
A competição consiste em dois torneios paralelos, um voltado aos adolescentes, que aconteciam durante as aulas de Educação Física e contou com 23 alunos, e outro para os agentes socioeducativos, sempre ao final do expediente, que vem contando com a participação de 16 profissionais. A proposta é que ao final de ambos aconteça um confronto entre adolescentes e agentes socioeducativos.
O torneio voltado aos socioeducandos foi dividido em três categorias: a primeira com os socioeducandos da provisória, a segunda com os protetivos, e a terceira, no turno da tarde, com os sentenciados. Na ocasião, os primeiros e segundos colocados de cada categoria receberam um vídeo game portátil (comprados com recursos financeiros do próprio professor), e todos participaram de um lanche coletivo, além de receberem chocolates.
Para Luciana Gomes, vice-diretora do CEA, o esporte na medida socioeducativa é importante para o desenvolvimento do adolescente acautelado, ao propiciar experiências que estimulam as habilidades, competências e disciplina. “Desta forma, é de suma importância a aplicação do esporte de forma pedagógica e, para tal, deve ser tratado com centralidade pela política de atendimento ao adolescente em cumprimento de medida socioeducativa”, disse.
Nilton Santos, coordenador de Esporte, Cultura e Lazer da Fundac, acredita que as atividades esportivas da ECIS são muito importantes para o processo pedagógico da medida. “Desde 2017, o eixo de esporte e cultura dialoga com as ações propostas pelos professores. A conquista da mesa de tênis pelo eixo é fruto dessa parceria, como uma forma de impulsionar o fazer esportivo no processo de ensino aprendizagem”, lembrou.
Durante a final do Torneio, o professor Walter agradeceu à diretora da escola, Tatiana Pinangé; ao coordenador pedagógico, Paulo Henrique; e à direção da unidade (Marcos Bento e Luciana Gomes), pelo apoio e incentivo, e aos agentes socioeducativos, pela contribuição primordial no processo de aprendizagem prática dos socioeducandos, no tênis de mesa.
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