Romero Rodrigues Rocha e meio milhão para lixo de Campina Grande

Estive em Campina Grande esta semana e bem em frente ao Bar do Cuscuz um cidadão me questionou sobre o lixo de Campina Grande e adoração de Romero Rodrigues pelo novo aterro. Prometi abordar o caso, já que volta e meia, prefeitos e prefeituras têm verdadeiras adorações por empresários e empresas que cuidam do lixo de suas cidades. O lixo é um pulo para ao luxo, já  que envolve além dos dejetos, bastante dinheiro. 

O Grupo Rocha constrói tudo para Romero

O novo aterro sanitário privado no Sítio Logradouro, na região de Campina Grande, que Romero Rodrigues defende com unhas e dentes, foi construído pela empresa Ecosolo, do Grupo Rocha, que na verdade constrói tudo para Romero Rodrigues, que já andam chamando de Romero Rocha. Desde que era deputado federal, – meia boca por sinal, Romero de quando em quando dizia que o melhor aterro seria do Grupo Rocha, mas nunca falou que sua instalação colocaria em risco a segurança do Aeroporto João Suassuna e de toda a bacia hidrográfica responsável pela captação e acumulação de água no rio Paraíba.

Romero paga todo santo mês, meio milhão de reais pelo improviso de lixão. Eu falei “meio milhão de reais”, para um empreendimento que vem gerando divergência em discursões na comunidade acadêmica, no que diz respeito à questão do impacto ambiental, já que estudos comprovaram que a localização escolhida para construção do aterro, é justamente o fundo de um vale por onde corre o riacho Logradouro, que nasce em Pocinhos, corta a cidade de Campina Grande e  deságua no rio São Pedro, que também recebe águas do rio Bondocongó, todos afluentes  do rio Paraíba do Norte.

No mapa ao lado pode ser comprovado que as águas destes rios desaguam na Barragem de Acauã, hoje um dos principais reservatórios de água para o consumo humano do Estado da Paraíba, manancial que também receberá águas do rio São Francisco e será responsável pelo abastecimento de grande parte dos municípios do chamado Vale do Mamanguape.  A importância deste manancial é tamanha que o futuro canal que sairá dele para a Área de Camaratuba, tornando-se assim em um dos maiores instrumentos de abastecimento humano e rural do vale do Mamanguape. Só nesta obra, o governo Federal já assegurou recursos superiores a novecentos milhões de reais.

Como é do conhecimento geral, o rio Paraíba,  a Barragem de Acauã e a Barragem do Boqueirão de Campina Grande serão os reservatórios que receberão as águas provenientes do eixo leste,  da transposição do  Rio São Francisco que abastecerão também as regiões do Brejo, Cariri e Curimataú, ou seja, um grande contingente da população paraibana  poderá ser afetado pelo tráfego de caminhões de lixo na bacia de acumulação do aterro sanitário.

A construção do aterro sanitário de Campina Grande, foi construído a poucos metros do riacho Logradouro fato que por si só já justificaria uma relocalização do local do empreendimento. Mas Romero teima em pagar meio milhão de reais.

Vai feder esse assunto. Acompanhe as próximas colunas! Nesta segunda vou sobrevoar o improviso de aterro para mostrar os danos que serão causados ao meio ambiente, e que Romero Rocha paga meio milhão de reais todo santo mês, sem licitação!

Acompanhe as notícias do Portal do Litoral PB pelas redes sociais: Facebook e Twitter