Publicado em: 4 ago 2022

Nicole D’Lamarck, quer se a primeira deputada trans da Paraíba

Nicole D’Lamarck, 38 anos, quer ser a primeira mulher trans a ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa da Paraíba., pelo PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira).

Atualmente, Nicole é secretaria de Diversidade Humana do partido Tucano e nestes últimos anos vem construindo propostas importantes e urgentes para a comunidade LGBTQIA+. “Entrar naquele espaço, além de ser histórico, eu quero e desejo muito lutar pela igualdade de gênero e o combate a intolerância religiosa”, revela, Nicole.

Além dessas principais causas, a candidata, quer ampliar suas proposituras, dando oportunidades de emprego, saúde e educação para a profissionais da cultura, mulheres negras, trans, indígenas e aquelas vítimas de algum tipo de violência. “Desde cedo, procuro despertar nessas mulheres, a força que elas têm. Incentivá-la, motiva-las a não terem medo do preconceito e criar espaços dignos e democráticos para todas.”

Antes de Nicole, a Paraíba, teve outra transexual batalhando por uma vaga na política. Fernanda Bevenuty, que faleceu em 2015, tentou um espaço na Camara Municipal de João Pessoa e também concorreu uma vaga na ALPB, apesar de ter tido um ótimo desempenho nas urnas, Bevenuty não conseguiu ser eleita. “Mas a luta continua e Fernando sempre foi guerreira como eu. Teria sido um marco se ela tivesse sido eleita, muitas portas se abririam,” reconhece.

Apesar de disputar a primeira eleição, Nicole diz que está segura das responsabilidades do cargo e saberá guiar as ideias através das proporias experiências. “Como mulher negra, trans, de família humilde e praticante das Religiões Tradicionais Africanas, eu entendo muito bem o que é o preconceito, o racismo, a segregação e a falta de oportunidades para nós. Tudo isso eu passei na pele,” enfatizou.

Nicole, aceitou o convite do PSDB, porque acredita que, se eleita como parlamentar trans, vai impulsionar e encorajar mais pessoas que abrangem a comunidade LGBTQIA+, a lutar por políticas públicas de apoio as identidades de gênero. “Nós, LGBTQIA+ temos que nos fortalecer e mostrar para a sociedade que somos habilitadas, capacitadas e qualificadas para assumir qualquer cargo político.” reconhece, Nicole.

Assessoria de Comunicação




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