Publicado em: 14 maio 2020

Mais de 60 policiais penais podem estar com Covid-19 na Paraíba, afirma sindicato

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários da Paraíba, Manoel Leite, revelou que, segundo levantamentos feitos pelo próprio sindicato, cerca de 65 policiais penais podem estar com Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, no Estado.

A declaração foi feita durante entrevista à Rádio CBN.

De acordo com Leite, o problema da disseminação do vírus na classe se dá, principalmente, pela não constatação, tendo em vista que os policiais penais estão enfrentando dificuldade para realizar os testes.

O sindicalista pontuou que são disponibilizados apenas 25 testes durante a semana, número esse que não é suficiente para dar conta da demanda, levando em consideração a quantidade de profissionais.

“A gente está apelando à secretaria para que possa realizar os testes em todos os policiais penais do Estado da Paraíba, porque nós trabalhamos em grupos”, afirmou ele, pontuando que se é constatado que existem presos com sintomas do vírus, com certeza os policiais penais também estarão propensos a ser contaminados.

Ainda segundo ele, os profissionais que, de fato, têm a confirmação da doença são afastados para o tratamento e ao retornar precisam refazer o teste para verificar se foram curados.

No entanto, há uma tensão muito grande entre os profissionais com o possível descaso e, de acordo com o sindicalista, eles esperam que a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) possa testar todos os policiais penais, independente de estar com sintomas graves ou não.

Manoel comentou também que há poucos equipamentos de proteção individual (EPIs), já que a secretaria não possui muitos recursos e depende de outra secretaria para o repasse.

“Realmente não existe o material suficiente para que os agentes possam ter uma proteção e prevenção. Falta até o álcool em gel. Existem as nossas máscaras, que são fabricadas nas próprias unidades prisionais do Estado, mas não tem material suficiente pra todo mundo. Esse é o problema! Esperamos que o governo possa dar uma atenção especial, porque nosso setor é de risco”, finalizou.




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