Publicado em: 23 jun 2015

Governador comenta barbárie com mulheres e bebê e volta a cobrar Ministério da Segurança

Fala-governador

O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), comentou hoje o rapto de duas mulheres e um bebê de nove meses na noite de sábado no Jardim Cidade Universitária, em João Pessoa. As vítimas foram encontradas na madrugada de domingo na zona rural de Goiana, Pernambuco, depois que as mulheres foram estupradas e atropeladas pelos bandidos. A criança havia sido mantida amarrada em um matagal. Como consequência dos ferimentos, uma das mulheres morreu e a outra está internada no Hospital Miguel Arraes, em Paulista.

Sobre o caso, Ricardo afirmou que foi um crime horroroso, uma barbárie e quem o cometeu “está longe da condição de ser humano”: “A sociedade está ficando doente porque a violência está avançando. Faço um apelo para que a população separe as coisas. O trabalho da polícia é valoroso e são poucos os crimes que ficam sem identificação e os criminosos que não são presos. Pode demorar uma semana ou duas, mas serão presos. A polícia tem agido com eficácia, mas ela não pode adivinhar onde vão acontecer crimes. Essa solução tem que ser do país, que precisa criar urgentemente o Ministério da Segurança Pública. O país tem que discutir um período emergencial de endurecimento de penas. Ninguém pode matar e dois anos depois estar fora da cadeia. Não se pode pagar R$ 6 para liberar uma moto apreendida. Nem pagar R$ 600 por um porte ilegal de arma. O Brasil precisa enfrentar essa epidemia de violência que está acontecendo. São 45 mil mortes por ano. Nem o Iraque, o Afeganistão, a Síria, os países africanos em guerra… não têm essa quantidade de mortes”, disse o governador.

O chefe do executivo estadual disse que têm sido feitos investimentos maciços em Segurança Pública e acusou os oportunistas de tentarem responsabilizar o Governo pelos efeitos da criminalidade. Ele ainda argumentou que o governo federal precisa criar um plano nacional de combate ao crack, droga que, segundo Ricardo Coutinho, atua como geradora da maioria dos crimes registrados no país:

“Não é possível que se faça de conta que o crack não existe. Isso é matéria do governo federal porque o Brasil não produz cocaína, mas essa droga tomou conta de todos os municípios. Tem muito mais gente dependente que não precisa de cadeia, mas de tratamento. E tem alguns que se utilizam da dependência para ganhar dinheiro e matar muita gente. E 80% da epidemia de violência no país se deve ao crack e não temos, no Brasil, nenhum plano para cuidar da situação. Nenhum estado tem capacidade de resolver. Precisamos de um conjunto de ações que restabeleça o controle desse surto de violência”.

 

 

Portal do Litoral 

Com Parlamento PB



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