Publicado em: 3 maio 2018

‘Façam tudo para pegar o monstro que fez isso’, diz mãe de brasileira encontrada morta na Austrália

A mãe da brasileira encontrada morta na Austrália, Milu Muller Haddad, disse ao “Sydney Morning Herald”, que não sabe se sobreviverá à tragédia e que espera que “a polícia pegue o monstro que matou sua filha”. A entrevista foi publicada no site do jornal australiano nesta quinta-feira (3).

Cecilia Haddad, de 38 anos, foi encontrada morta no domingo (29). Seu corpo boiava no rio Lane Cove no norte da cidade de Sydney. A polícia apura a causa da morte, que é considerada como “suspeita”.

A polícia local quer falar com o ex-namorado de Cecilia, Mario Marcelo Santoro, mas ele retornou ao Brasil nos últimos dias. Por isso, os agentes pediram ajuda da Polícia Federal (PF) para localizar Santoro.

Milu Muller respondeu por e-mail a perguntas do “Sydney Morning Herald”. Ela mora no Rio de Janeiro.

“Adoraria estar lá, com minha amada e adorada filha, mas eu fiz uma cirurgia cardíaca e ainda não tenho permissão de meu médico para voos longos”, escreveu.

“Quero que as pessoas saibam que Cecilia sempre foi uma garota talentosa e inteligente, com um coração puro. Ela não acreditava que as pessoas fossem cruéis e egoístas. Ela sempre perdoou e deu às pessoas mais uma chance. Eu acho que ela era boa demais para este mundo”.

Milu não tem dúvida de que sua filha foi assassinada. Ela escreveu que “talvez se eles prenderem o assassino, eu possa ter algum alívio. Façam tudo para ajudar a pegar o monstro que fez isso”.

Brasileira de 38 anos é encontrada morta na Austrália

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O Itamaraty informou que está em contato com a família e com a polícia de Nova Gales do Sul: “O Consulado-Geral do Brasil em Sydney acompanha o caso do desaparecimento da brasileira Cecilia Haddad e mantém contato com seus familiares e com a Polícia de New South Wales, que investiga as circunstâncias do ocorrido, com vistas ao esclarecimento dos fatos. Em atenção à Lei de Acesso à Informação e em respeito à privacidade da cidadã brasileira, esta assessoria não pode fornecer informações de cunho pessoal”, diz a nota do órgão.

Cecilia se mudou para a Austrália em 2007, trabalhando como gerente da cadeia de suprimentos para o centro de operações remotas integradas da BHP na Austrália Ocidental antes de se mudar para o estado de Nova Gales do Sul em 2016. Recentemente, começou seu próprio negócio, a CHC Consulting.

A polícia confirmou que está falando com muitas testemunhas e está seguindo várias pistas. Investigadores esperam o resultado de uma autópsia na quarta (2).

G1




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