Publicado em: 25 jul 2015

Ex-governador do Rio Grande do Norte é preso no Rio de Janeiro

O ex-governador do Rio Grande do Norte Fernando Freire foi preso na manhã deste sábado (25) em Copacabana, Zona Sul do Rio. De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança (Seseg) do Estado Rio de Janeiro, ele foi capturado por agentes da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte).

Com quatro mandados de prisão em aberto, todos expedidos pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, Freire estava foragido desde 2014. Ele foi condenado a 13 anos e quatro meses de reclusão, além de 400 dias-multa por desvio de recursos públicos.

Freire foi levado para a 12ª DP (Copacabana). De acordo com a delegada Thaiane Moraes, o ex-governador deverá permanecer na unidade policial até segunda-feira (27). Segundo ela, a Polícia Civil precisa que a Justiça do Rio Grande do Norte envie uma autorização para que ele seja transferido.

Ainda de acordo com a delegada, Fernando Freire estava há três meses no Rio. Ele foi preso em um condomínio na Avenida Atlântica, em Copacabana. Após ser detido, ele teria alegado que tem problemas de saúde e não poderia ficar na unidade até segunda-feira.

Prejuízo de R$ 57,8 milhões
As investigações apontaram que Freire cometeu desvio de dinheiro público entre fevereiro e novembro de 2002, quando foi vice-governador e, depois, governador do Rio Grande do Norte. O prejuízo estimado aos cofres públicos foi de R$ 57.832,13 em valores da época.

De acordo com os autos do processo, Fernando Freire desviou recursos públicos mediante o pagamento de 83 cheques-salários em favor de 14 parentes e correligionários do então vereador Pio Marinheiro, contemplando-lhe interesses pessoais e político-eleitorais. No entanto, os beneficiários não eram servidores públicos e não guardavam qualquer vínculo funcional com o Estado e os pagamentos foram feitos sem qualquer respaldo legal, realizados sempre sob a intermediação direta do réu.

A sentença da condenação é da 7ª Vara Criminal de Natal, assinada pelo juiz José Armanda Ponte Júnior, e determina que a pena seja cumprida em regime fechado.  Durante a ação penal, Freire não foi encontrado e o magistrado ordenou a prisão preventiva do acusado. O ex-governador foi ainda condenado a pagar metade das custas processuais.

Com G1



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