Publicado em: 23 nov 2013

Estelizabel x Sanhauá

O radialista Janduy Mendonça, com 33 anos atuando em rádio na Paraíba saiu para cumprir uma pauta da Rádio Sanhauá sobre a campanha de igualdade racial lançada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana, ontem (20), no Dia Nacional da Consciência Negra. O lançamento aconteceu na sede da Faculdade de Direito, no Centro de João Pessoa e contou com a participação de representantes do movimento negro, jornalistas, artistas e do Conselho Estadual de Igualdade Racial (Cepir-PB). O slogan: “Racismo, um crime que se sente na pele”.

A única pergunta de Janduy para Estelizabel Bezerra, jornalista e Secretária Estadual de Comunicação, não foi sobre o escândalo da lagosta, tampouco sobre a licitação das aeronaves. A pergunta a Estela: O que consiste essa campanha igualdade racial lançada pelo Governo do Estado ?

Estela, desprepara e ato contínuo de pura arrogância, perguntou para qual rádio trabalhava Janduy. Sanhauá, foi a resposta. Tô fora, bradou a dublê de jornalista que até este início de dezembro estará a frente da comunicação. Não deixará saudade alguma.

 

O bom jornalismo se faz e se constrói com boas perguntas. O jornalismo de excelência se faz com excelentes perguntas“, disse um dia o premiado jornalista gaucho Luiz Cláudio, ao receber o título das mãos do reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Júnior.

A pergunta do radialista não doia nem um pouco. Não provocava nada.

O bom jornalismo se faz e se constrói com boas perguntas. O que Estelizabel gosta é de propaganda

O governo, qualquer governo, faz mal à imprensa. A imprensa, toda a imprensa, faz bem ao governo – principalmente quando critica. Governo não precisa do “sim” da imprensa. Governo evolui com o “não” da imprensa. A proximidade da imprensa com o governo abafa, distorce o jornalismo. A distância entre governo e imprensa é conveniente para ambos, útil para a sociedade e saudável para a verdade. Jornalismo é tudo aquilo de que o governo não gosta. Tudo aquilo de que o governo gosta é propaganda. Certa vez, o segundo presidente da ditadura, general Costa e Silva, queixou-se das críticas da imprensa. Sua interlocutora, a condessa Pereira Carneiro, dona do Jornal do Brasil, esclareceu que eram apenas “críticas construtivas”. O general, sempre franco, foi direto ao ponto: “Mas o que eu gosto mesmo é de elogio!…”

Me impressiona em ver amigos fazendo o papel de assessoria, quando ocupam espaços preciosos no rádio, na TV e em suas colunas em blogs e portais. É um erro. Quem deve defender governo são os secretários, deputados e suas assessorias. Jornalismo é para atacar mesmo. Mostrar o que não pode ser visto pelo população. Imprensa é para provocar respostas em quem tem por obrigação, responder. .

Jornalismo é tudo aquilo de que o governo Ricardo e Estela não gostam de ouvir, ler ou saber.

Estela vai sair, ela anda secretária. Vai cruzar com as pessoas pelas redações. Não sabe fazer outra coisa, senão, temporariamente fazer o papel de dublê de secretária.




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