Detento morto e esquartejado no presídio do Róger estava preso há 9 dias, diz policial

O presidiário de 22 anos, morto durante tumulto na penitenciária Flósculo da Nóbrega, o presídio do Roger em João Pessoa, na tarde de quarta-feira (19), estava na unidade prisional há nove dias. A informação foi confirmada pelo major Otávio Ferreira, do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar. Segundo o policial, o jovem foi transferido para o presídio do Roger no dia 11 de novembro após ter sido detido por furto.

Ainda conforme o major do Bope, o corpo do detento foi encontrado esquartejado no pavilhão 5 do presídio. “Ninguém sabe o motivo que levou ele a ser assassinado. Ele foi assassinado de forma brutal. Foi decapitado e esquartejado. Tentaram incendiar, mas o corpo não pegou fogo. Outros detentos devem ter apagado”, comentou Otávio Ferreira.

Uma operação pente-fino foi realizada no presídio após o fim do motim e remoção do corpo do detento. A operação foi finalizada por volta das 4h30 (horário local) desta quinta-feira (20) e resultou na apreensão de celulares e drogas, conforme informações de Wallber Virgolino.

Segundo o secretário da Seap, a confusão que resultou na morte do detento começou quando os apenados que foram retirados dos pavilhões 5 e 6 durante uma confusão registrada na manhã da quarta-feira estavam sendo levados novamente para esses setores. O motivo do confronto entre os apenados não foi totalmente esclarecido. Segundo Virgolino, alguns presos teriam informado que os dois detentos envolvidos na confusão tinham uma rixa por causa de uma mulher, já outros, informaram que o apenado morto teria sido assassinado porque era delator.

Outro presidiário é encontrado morto em João Pessoa
O secretário de Administração Penitenciária da Paraíba, Wallber Virgolino, informou que um outro detento foi encontrado morto em uma das celas do complexo penitenciário de Jacarapé, o presídio PB1, na manhã desta quinta-feira.  De acordo com Virgolino, até as 8h30 (horário local) ainda não havia informações das circunstâncias da morte. Ele descartou que houvesse um motim na unidade. “Com essas mortes vamos aumentar ainda mais o rigor na fiscalização das unidades prisionais da Paraíba. Vamos intensificar as operações de pente-fino, redobrar os cuidados”, comentou.

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