Publicado em: 25 jun 2015

Deputado diz que Dilma queria “enfiar a mandioca nos brasileiros” e gera bate-boca

nilson-leitao

Uma série de trocadilhos com uma declaração da presidente Dilma Rousseff feita no lançamento dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas gerou um principio de confusão entre deputados no plenário da Câmara na madrugada desta quinta-feira (25).

A discussão começou quando o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) afirmou em discurso na tribuna que a presidente Dilma Rousseff queria “enfiar a mandioca nos brasileiros”, com medidas de ajuste fiscal que reduzem benefícios previdenciários e aumentam impostos do setor produtivo.

O tucano fez alusão a uma fala da presidente nesta segunda (23). Ao discursar no lançamento de abertura dos Jogos Mundiais Indígenas, Dilma afirmou: “Hoje estou saudando a mandioca. Acho uma das melhores conquistas do Brasil”. O trocadilho feito por Nilson Leitão com a fala de Dilma ocorreu durante a votação do projeto de lei que reduz as desonerações nas folhas de pagamento de 56 setores da economia brasileira.

“O trabalhador brasileiro já paga muitos impostos. A crise criada no Brasil, que tem nome e sobrenome, Dilma Rousseff, não pode ser paga pelos trabalhadores brasileiros. Isso não é ajuste fiscal, é um jeito de aumentar o desemprego. […] A presidente quer enfiar a mandioca nos brasileiros”, afirmou o deputado do PSDB.

Irritado, o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), pediu no microfone que as “palavras de baixo calão” fossem retiradas dos registros oficiais da Câmara. Ao descer da tribuna, Nilson Leitão se dirigiu ao petista para dizer que não havia falado nenhum palavrão. “Alguém lá de trás do plenário gritou que estava querendo provocar o Zé [Guimarães]. E o Zé estava nervoso”, relatou Leitão.

Diante da possibilidade de haver bate-boca ou uma confusão maior, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), interferiu pedindo que os seguranças e deputados agissem para evitar o tumulto em plenário

José Guimarães e Nilson Leitão trocaram mais algumas palavras e depois se distanciaram um do outro. Cunha pediu à taquigrafia que analisassem os pronunciamentos para verificar se seria adequado retirar “expressões ofensivas”.

A confusão gerou piadas entre os demais parlamentares. “A mandioca levou ao estranhamento. Foi o cerne da discórdia”, comentou o deputado Bruno Araújo (PSDB-CE).

Com G1



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