Publicado em: 18 jun 2015

Crise! Gervásio garante deixar o PMDB se Manoel Júnior seguir na presidência

Manuel-Junior-e-Gervasio

O deputado estadual Gervásio Maia não usou meias­palavras, ontem, e disse, sem reservas, que deixará o PMDB se o partido permitir que o deputado federal Manoel Júnior dê as cartas e se mantenha na presidência do diretório de João Pessoa.

Segundo Gervásio, há dois anos foi feito um acordo para que ele, a partir do próximo dia 14 de julho, assumisse o comando da legenda, substituindo Manoel, que ficaria na liderança municipal dos dois anos anteriores, como aconteceu. O acerto foi feito, de acordo com Gervasinho, depois de uma proposta do próprio deputado federal, referendada por 13 integrantes da Executiva Estadual do PMDB.

Para o deputado estadual, ao propor a quebra do acordo, o colega Manoel Júnior descumpre a palavra e tenta usar o partido para os projetos pessoais. “Se a Executiva não mantiver o acordo, é porque não confia em mim e, se não confia na minha capacidade, tem que me liberar, porque não sirvo para o PMDB”, desabafou. Gervasinho espera que a direção do partido crie uma comissão provisória depois do dia 14 de julho, para que seja feita a transição e passagem do comando para ele.

Os dois entraram em rota de colisão mais cedo do que se imaginava. No último fim de semana, Manoel Júnior foi à convenção do PSDB e espera, mantendo a liderança municipal, levar o partido a fazer uma aliança com o PSDB, nas eleições do ano que vem. No ninho tucano, tem chances de realizar o desejo de ser candidato a prefeito de João Pessoa. Gervásio, desde a eleição, aposta no caminho oposto.

Assumindo o partido em JP, como foi acordado, ele afirmou que vai preparar a legenda para ter uma candidatura própria e, se for o caso, num segundo turno, fazer uma aliança com o PSB. Uma aliança com os tucanos, em qualquer cenário, segundo ele, está fora de cogitação. O deputado estadual afirmou que o principal cacique do partido, o senador José Maranhão, que ainda mantém o peso nas decisões, já sabe do embate e da possibilidade dele pedir desfiliação do partido, se a direção não cumprir com o que foi acordado em 2013: a condução dele à direção municipal. Gervásio repetiu: “uma decisão contrária significa que o partido não confia em mim. Se não confia, precisa explicar o motivo”, pressionou.

 

Coluna de Larte Cerqueira




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