Publicado em: 14 jun 2014

Colômbia passa fácil pela Grécia e Costa Rica é a 1ª ‘zebra’ da copa vencendo Uruguai de virada

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O Uruguai protagonizou a primeira “zebra” desta Copa do Mundo, neste sábado, ao ser superado pelo modesto time da Costa Rica, de virada, pelo placar de 3 a 1, na Arena Castelão, em Fortaleza. Sem Luis Suárez, ainda se recuperando de lesão, a seleção sul-americana esteve aquém do esperado. Saiu na frente com gol de pênalti, mas cedeu espaços ao rival e levou a virada no segundo tempo.

O inesperado resultado deve alterar completamente as expectativas para os confrontos do equilibrado Grupo D, o chamado “grupo da morte”. Considerado o time azarão desta chave, que tem três campeões mundiais, a Costa Rica desponta com três pontos. E aguarda o confronto entre Inglaterra e Itália, ainda neste sábado, para conhecer a sua posição na chave.

O Uruguai, por sua vez, se colocou em situação complicada na tabela de classificação. Além de ficar sem pontuar, ainda apresenta saldo de gols negativo, em razão dos três gols sofridos. O time precisará vencer as duas próximas partidas, contra ingleses e italianos, para avançar às oitavas de final.

Os uruguaios chegaram à Copa como uma das apostas para ir longe na disputa, com base nos recentes resultados. O time é o atual campeão da Copa América e quarto colocado da Copa das Confederações do ano passado e do Mundial de 2010, na África do Sul. Além disso, conta com um dos maiores artilheiros da Europa na última temporada. Luis Suárez deve fazer sua estreia na segunda rodada, na tentativa de evitar um fiasco uruguaio no Brasil. 

Saiba como foi o jogo 

Em sua missão menos difícil no duro Grupo D, o Uruguai precisou de poucos minutos para dominar a Costa Rica e parecia fadada a uma vitória tranquila na Arena Castelão. Mas não foi o que aconteceu no primeiro tempo. Apesar do domínio inicial uruguaio, foi a seleção da América Central quem buscou o ataque com mais perigo na primeira metade do tempo. Foram duas chegadas que exigiram trabalho da defesa comandada pelo veterano Lugano.

Depois dos sustos, o Uruguai foi para cima da defesa rival e Godin mandou para as redes. O lance, contudo, foi anulado por impedimento, marcado corretamente pelo assistente. O gol só surgiu em uma falha de marcação dos costarriquenhos. Em um levantamento na área, o lateral Díaz abraçou Lugano e o árbitro marcou o pênalti. Na cobrança, Cavani bateu no canto esquerdo de Navas e abriu o placar, aos 23 minutos.

A partir daí, o Uruguai esqueceu o ataque e viu a Costa Rica crescer em campo. Recuado, esperava o rival, como se o adversário fosse o favorito em campo. A postura quase custou caro aos uruguaios. Aos 26 minutos, Campbell arriscou de longe e quase surpreendeu Muslera. Quatro minutos depois, Gonzalez aproveitou sobra na pequena área e quase empatou.

Mesmo com um time mais modesto, a Costa Rica registrava até 53% de posse de bola e jogava no campo de ataque, fechando os espaços do Uruguai. Só não empatou porque tinha pouca qualidade nas finalizações.

A equipe uruguaia voltou a figurar no ataque somente nos instantes finais da etapa inicial. Forlán, apagado, levou perigo em finalização de fora da área, aos 43 minutos. Ele quase encobriu Navas ao contar com um desvio da zaga em chute que ia longe. Navas fez grande defesa e evitou o segundo gol dos uruguaios.

O intervalo não alterou o panorama da partida e a Costa Rica seguia melhor no segundo tempo. Mais presente no ataque, chegou finalmente ao empate aos 9 minutos em grande troca de passes que culminou em finalização de Campbell. O atacante dominou no peito dentro da área e encheu o pé para mandar para as redes.

Dois minutos depois, a Costa Rica silenciou a torcida uruguaia ao cravar a virada no placar. Após cobrança de falta na área, Duarte surgiu na segunda trave e escorou de cabeça para o gol. Embalado, o time costarriquenho ainda teve boas chances de ampliar a vantagem em finalizações de Campbell, aos 18, e Borges, aos 21.

Foi só depois destes novos sustos que o Uruguai finalmente partiu para o ataque, na tentativa de impor pressão ao rival. Mas quase não ameaçou o gol de Navas. Sem Luis Suárez, o ataque uruguaio era inoperante. Cavani parava com frequência no impedimento e Stuani tinha desempenho discreto.

A Costa Rica adotou a mesma postura do Uruguai no primeiro tempo. Segurou-se na retranca e passou a jogar no contra-ataque. E, assim, buscou o surpreendente terceiro gol aos 39 minutos. Campbell deu grande enfiada para Ureña, que acabara de entrar, bater na saída de Muslera, selando resultado histórico da Costa Rica em uma Copa do Mundo.

Antes do apito final, o Uruguai perdeu o lateral-direito Maxi Pereira, expulso por fazer falta violenta em Campbell. O jogador já é baixa garantida para a segunda rodada do Grupo D, quando os uruguaios tentarão se recuperar diante da Inglaterra, outra campeã mundial, na próxima quinta-feira, no estádio Itaquerão, em São Paulo. A Costa Rica vai duelar contra a Itália no dia seguinte, no Recife.

FICHA TÉCNICA

URUGUAI 1 x 3 COSTA RICA

URUGUAI – Muslera; Maxi Pereira, Lugano, Godin e Cáceres; Arévalo Rios, Gargano (Alvaro Gonzalez), Cristian Rodríguez (Abel Hernández) e Forlán (Lodeiro); Stuani e Cavani. Técnico: Óscar Tabárez.

COSTA RICA – Keylor Navas; Umana, Oscar Duarte e Giancarlo González; Cristian Gamboa, Yeltsin Tejeda (Cubero), Celso Borges, Christian Bolaños (Barrantes) e Junior Díaz; Bryan Ruiz (Marco Ureña) e Campbell. Técnico: Jorge Luis Pinto.

GOLS – Cavani (pênalti), aos 23 minutos do primeiro tempo; Campbell, aos 9, Duarte, aos 11, e Ureña, aos 39 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Lugano, Gargano e Cáceres (Uruguai).

CARTÃO VERMELHO – Maxi Pereira (Uruguai).

ÁRBITRO – Felix Brych (Fifa/Alemanha).

RENDA – Não disponível.

PÚBLICO – 58.679 presentes.

LOCAL – Arena Castelão, em Fortaleza (CE).

Colômbia derrota Grécia na estreia

Falcao García era a principal esperança colombiana para a Copa do Mundo, mas, lesionado, foi cortado e só pôde ajudar seus companheiros com apoio da arquibancada na estreia deste sábado. O atacante do Monaco, no entanto, não fez tanta falta para a seleção da Colômbia, que confirmou o favoritismo e ganhou da Grécia por 3 a 0, no Mineirão, em Belo Horizonte.

Cabeça de chave, a Colômbia larga na frente no Grupo C e soma os primeiros três pontos. Por outro lado, a Grécia segue com péssimo retrospecto em Copa do Mundo, tendo sofrido neste sábado sua sexta derrota em sete partidas na história da competição. As duas seleções voltam ao campo na quinta-feira: os colombianos pegam a Costa do Marfim, no Mané Garrincha, em Brasília, e os gregos duelam com o Japão, na Arena das Dunas, em Natal.

A ausência de Falcao García foi pouco sentida pelos colombianos por dois fatores. O primeiro é o grande número de boas peças que o técnico José Pekerman possui no ataque. James Rodríguez (que marcou o terceiro gol), Ibarbo, Cuadrado e Teófilo Gutiérrez (autor do segundo gol) tiveram boas atuações e conduziram a seleção. Pelo lado esquerdo, o ex-palmeirense Pablo Armero, que abriu o placar, também chegava com muita qualidade ao campo ofensivo, aumentando o leque de opções.

O segundo fator foi a presença em massa da torcida colombiana, que pintou de amarelo as arquibancadas do Mineirão e empurrou a equipe. Do canto à capela no hino do país até os gritos de “olé” nos minutos finais, os torcedores da Colômbia criaram o melhor ambiente possível para a seleção, que se sentiu em casa em Belo Horizonte. 

Saiba como foi o jogo 

A Colômbia começou muito melhor, com Teófilo Gutiérrez mostrando serviço na vaga de Falcao García e sendo a principal arma da seleção. Mas o primeiro chute foi da Grécia, com Maniatis, que arriscou de longe e exigiu trabalho de Ospina.

Foi só um susto, porque os colombianos abriram o placar logo aos cinco minutos. Cuadrado fez bela jogada pela direita e rolou para o meio. James Rodríguez deixou passar e Armero chegou batendo. A bola ainda desviou antes de entrar. Na comemoração, o lateral reviveu as dancinhas da época de Palmeiras, que ficaram conhecidas como “Armeration” e conduziu a alegria de seus companheiros.

O começo do jogo era extremamente movimentado, bem diferente do que era esperado diante da histórica retranca grega. Tanto que os europeus responderam na sequência e quase deixaram tudo igual logo aos seis minutos, quando Kone recebeu dentro da área e, de primeira, jogou para fora.

Depois, porém, o jogo finalmente diminuiu o ritmo e a Grécia, então, passou a controlar a posse de bola. A velocidade colombiana era uma ameaça nos contra-ataques, mas os gregos dominavam a situação com toque de bola no campo ofensivo. A falta de criatividade, no entanto, impedia a criação de oportunidades. Aos 27 minutos, Torosidis até levou perigo em bola alçada, mas cabeceou para fora.

A rapidez adversária incomodava os gregos. E os colombianos ainda chegaram por duas vezes antes do intervalo, mas James Rodríguez e Cuadrado finalizaram muito mal pela direita. Do outro lado, Kone bateu com categoria uma sobra de bola na meia-lua e Ospina precisou voar no ângulo esquerdo para espalmar, já aos 43 minutos.

O segundo tempo começou como terminou o primeiro, com a Grécia dominando a posse mas sofrendo para encontrar qualquer brecha na defesa colombiana. Por sua vez, o time sul-americano chegava esporadicamente, mas sempre com mais perigo. A primeira chance no segundo tempo foi em chute de fora da área de James Rodríguez, que Karnezis espalmou. Na segunda, o placar foi ampliado. Após escanteio da direita, Aguilar desviou na primeira trave e Teófilo Gutiérrez, sozinho, tocou para a rede aos 13 minutos.

Em um dos poucos bons momentos que criou, a Grécia desperdiçou chance inacreditável. Após cruzamento da esquerda e ajeitada para o meio de Fetfatzidis, Gekas chegou sozinho, na linha da pequena área, e cabeceou no travessão. O erro minou qualquer possibilidade de reação do time grego. O último respiro aconteceu já aos 39 minutos, com chute colocado de Samaras que passou raspando a trave.

Para completar a festa, James Rodríguez, destaque da partida, também deixou sua marca. Ele recebeu na entrada da área, ajeitou para o pé esquerdo e bateu colocado, fazendo 3 a 0 já aos 47 minutos. Comemoração merecida pelo show colombiano nas arquibancadas e em campo.

FICHA TÉCNICA:

COLÔMBIA 3 X 0 GRÉCIA

COLÔMBIA – Ospina; Zuñiga, Zapata, Yepes e Armero (Arias); Carlos Sánchez, Aguilar (Mejia), Cuadrado, James Rodríguez e Ibarbo; Teófilo Gutiérrez (Jackson Martinez). Técnico: José Pekerman.

GRÉCIA – Karnezis; Torosidis, Manolas, Sokratis e Cholevas; Maniatis, Katsouranis e Kone (Karagounis); Samaras, Salpingidis (Fetfatzidis) e Gekas (Mitroglu). Técnico: Fernando Santos.

GOLS – Armero, aos cinco minutos do primeiro tempo; Teófilo Gutiérrez, aos 13, e James Rodríguez, aos 47 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Mark W. Geiger (EUA).

CARTÕES AMARELOS – Carlos Sánchez (Colômbia); Sokratis e Salpingidis (Grécia).

RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.

LOCAL – Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG).

Portal do Litoral PB

Com Estadão 




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