Publicado em: 22 maio 2015

Aumento do racionamento de água em Campina Grande é anunciado em reunião realizada no MPPB

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No início da próxima semana, a Companhia de Água e Esgotos do Estado da Paraíba (Cagepa) irá anunciar a data de início e as condições do aumento do racionamento de abastecimento de água em Campina Grande e em outros 18 municípios da região atendidos pelo Açude de Boqueirão. A decisão de intensificar o racionamento foi anunciada na manhã desta quinta-feira (21) pelo secretário estadual dos Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, João Azevedo Lins Filho, durante mais uma reunião da Comissão Especial de Acompanhamento Sobre a Gestão das Águas (Ceasga) do Ministério Público da Paraíba (MPPB).

Já a partir do próximo dia 1º de junho, mais 13 localidades paraibanas (municípios ou distritos) – na região de oito mananciais –, vão entrar no regime de racionamento de abastamento d’água gerenciado pela Cagepa. São eles: Sousa, Marizópolis e Nazarezinho, do manancial de São Gonçalo; Imaculada (Albino); Cajazeiras e Distrito Engenheiro Ávidos (manancial de Engenheiro Ávidos); Itaporanga (Cachoeira dos Alves); Picuí, Frei Martinho e Nova Palmeira (Várzea Grande); Barra de Santa Rosa (Poleiro); São José de Piranhas (São José I); e São José de Caiana (Pimenta).

“Estamos saindo desta reunião com uma definição racional do problema. Chegamos a resultados objetivos, garantindo e dando uma segurança maior à população que sofre com a escassez de água”, comentou o procurador-geral de Justiça do MPPB, Bertrand de Araújo Asfora, que presidiu a reunião desta quinta-feira. “O Ministério Público está cumprindo o seu papel de acompanhar o problema para garantir a segurança hídrica do estado e a sobrevivência da população. Mas temos a consciência de que a solução final só virá com o término da transposição das águas do Rio São Francisco, cujas obras estão bem adiantadas e próximas de serem concluídas, sendo dados apresentados nesta reunião”.

“Estamos vivendo há quatro anos sem o reabastecimento dos nossos mananciais pelas chuvas. Por isso essas medidas necessárias em cima dos estudos elaborados para as situações mais desfavoráveis, ou seja, sem considerar precipitações pluviométricas no período do racionamento e com demanda zero para irrigação e outros fins”, explicou o secretário João Azevedo, esclarecendo que o aumento do racionamento em Campina Grande já é uma decisão técnica e política do estado. “Na semana que vem anunciamos quando e como fazer esse aumento do racionamento”.

Além de Bertrand Asfora e João Azevedo, participaram da reunião o presidente da Cagepa, Marcus Vinícius Fernandes Neves; O diretor-presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), João Fernandes da Silva; os promotores de Justiça Carlos Romero Lauria Paulo Neto (secretário-geral do MPPB), Andréa Bezerra Pequeno Alustau, Alcides Leite de Amorim e José Farias de Souza Filho; e vários outros técnicos dos órgãos estaduais voltados à área hídrica da Paraíba.

Atualmente, o Açude de Boqueirão está com pouco mais de 20% da sua capacidade de armazenamento e o racionamento de água já está em prática no município de Campina Grande e em outras cidades da região do Agreste paraibano desde o início de dezembro do ano passado. O racionamento de água atinge cerca de um milhão de habitantes, de acordo com a Cagepa.

Por outro lado, apesar dos sacrifícios impostos à população nas áreas críticas do abastecimento de água e do racionamento, o secretário João Azevedo mostrou otimismo com a solução definitiva para a Paraíba quando da conclusão, em breve, das obras de transposição das águas do Rio São Francisco. O chamado eixo-leste da transposição está com 72% de sua obra concluída e o eixo-norte, 74%. “Essa é a maior obra da história do Brasil, podem ter certeza. É uma obra gigantesca e o Brasil vai aprender a trabalhar a gestão dessa obra, que envolve quatro estados e diversos órgãos federais, estaduais e municipais”.

 

Assessoria




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