Publicado em: 6 mar 2016

104 pessoas dão entrada no Trauma de João Pessoa em menos de 18h

Trauma_Atendimento

O Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, registrou, somente entre a noite da sexta-­feira e a manhã deste sábado (5), 104 entradas de urgência e emergência. Entre os casos de destaque estão os acidentes, as agressões e tentativas de homicídio, que representaram 28 casos atendidos pela unidade hospitalar. De acordo com o diretor administrativo do hospital, Edvan Benevides, os números são altos, vêm crescendo mês a mês, e superlotam a unidade. “Desde agosto do ano passado cresceu em 50% o número de casos que a gente vem atendendo. Uma das causas é a diminuição da capacidade do Ortotrauma”, denunciou.

Em boletim médico divulgado por volta das 11h deste sábado, a assessoria de comunicação do órgão destacou casos como o de um homem de 52 anos que sofreu uma tentativa de homicídio por arma branca. Ainda foi destacado o caso de um jovem de 20 anos, que sofreu um acidente de motocicleta no município de Santa Rita na manhã de hoje. “A grande maioria dos casos, por nosso perfil ser de trauma, são os acidentes, principalmente de motocicleta”, revelou Benevides.

Ele ainda destacou que o número alto de atendimentos tem se tornado rotineiro. “Nos fins de semana chegamos a ter 50% de todo o atendimento da semana, comparado até com dias de feriado, o que mostra que é um período em que as pessoas ficam mais desatentas no trânsito”, disse. Benevides ainda destacou que o Trauma sofre com superlotação, problema causado por uma diminuição da capacidade do Ortotrauma, falta de aumento no número de leitos e vinda de pacientes de outros Estados. “Temos recebido muitos pacientes de Pernambuco e do Rio Grande do Norte. Além disso, o Trauma se tornou sobrecarregado porque nossa pactuação não vem sendo cumprida pelo Ortotrauma”, acrescentou.

Ao todo, o Trauma possui 334 leitos dos quais 43 são leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ainda conforme Benevides, destes 42 são leitos de urgência e emergência. “Num espaço de três metros em que deveria colocar um paciente, acabo colocando dois. É complicado, mas conseguimos, mesmo em meio às dificuldades, ser uma unidade que consegue dar vasão e atendimento de excelência”, concluiu. A reportagem tentou entrar em contato com a direção do Ortotrauma, contudo não obteve êxito até as 14h30 deste sábado.

 

 

 

Jornal da Paraiba

 




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