Publicado em: 20 fev 2017

‘Vou lutar para que não deixem isso impune’, diz pai de garoto que morreu atingido por âncora

A família do garoto Ismael Silva Magalhães, que morreu no domingo (19) ao ser atingido por uma âncora usada como decoração de um estabelecimento comercial na Zona Oeste do Recife, afirmou, nesta segunda-feira (20), que quer responsabilizar os culpados. Pai do menino, o vigilante Abraão Pereira Magalhães pediu justiça.

“Vou prestar queixa na delegacia e depois vou lutar para que não deixem isso impune”, afirmou o vigilante, acrescentando que o filho tinha acabado de fazer 12 anos. O aniversário foi na quinta-feira (16). No domingo, brincava na Ria Itapemirim, no bairro do Bongi, quando viu a âncora na parede do estabelecimento comercial.

O pai disse que soube do acidente quando estava no trabalho. “Ele passou e pegou no objeto, que estava solto e caiu. Não é todo canto que tem uma âncora pendurada na parede. Ele viu aquilo e foi tentar saber o que era, como toda criança que é curiosa. Todo mundo viu isso. Tem várias testemunhas”, afirmou.

Desolado, o pai do menino disse que, até o início desta segunda, não havia sido procurado pelos proprietários do estabelecimento. “Tive ajuda de parentes e dos meus amigos do trabalho e da igreja, mas ninguém do local do acidente falou com a família”, observou.

Até as 10h desta segunda, o corpo de Ismael ainda estava no Instituto de Medicina Legal (IML), em Santo Amaro, na área central da capital pernambucana. “Estou arrasado. Queria meu filho de volta, mas não tem como. Não consegui nem parar para liberar o corpo dele e para pensar no velório”, comentou.

Entenda o caso

O objeto que matou Ismael pesa cerca de 200 quilos. A âncora e caiu quando o menino estava brincando. De acordo com os peritos do Instituto de Criminalística (IC), o acidente aconteceu na Rua Itapemirim. A vítima estava com dois irmãos, também menores de idade.

Outra âncora que decorava o estabelecimento foi retirada do local para evitar novos acidentes. O caso será investigado pela Delegacia da Mustardinha, na mesma região.

 

G1

 




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