Publicado em: 2 jul 2015

Vigilância Epidemiológica confirma 11 casos do zika vírus em João Pessoa

Vigilância Epidemiológica confirma 11 casos do zika vírus em João Pessoa

A Gerência de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou 11 casos do zika vírus em João Pessoa, mas nenhum deles resultou em morte ou complicações para o paciente. O setor continua monitorando todos os casos da doença em João Pessoa.

Do total de casos confirmados, seis foram em mulheres e cinco em homens com idades de 22 até 65 anos. Os pacientes apresentaram os principais sintomas da doença como dores articulares, dores musculares, fraqueza, coceira, dor de cabeça e dor atrás dos olhos. Nenhum dos usuários com suspeita da doença apresentou quadro de febre, ou seja, temperatura acima de 37,7º.

De acordo com o gerente de Vigilância Epidemiológica da SMS, Daniel Batista, qualquer unidade de saúde pode atender casos suspeitos da doença. “Sabendo que a dengue e o zika vírus possuem sintomas semelhantes e que ambas têm o mosquito Aedes Aegypti como modo de transmissão, é necessário realizar a notificação do caso à SMS, conduzindo clinicamente como suspeitos de dengue os pacientes que venham a procurar os serviços de saúde públicos ou privados”, afirmou.

Ele ressalta ainda que a população pode se tranquilizar se estiver com os sintomas da zika “pois é uma doença autolimitada, em que os sintomas duram até sete dias. A doença notificada pelos serviços de saúde, até o momento, cursou de forma benigna, sem sequelas”, disse.

Histórico – No final do mês de abril, a Vigilância Epidemiológica iniciou uma investigação, em parceria com técnicos do Ministério da Saúde e Secretaria Estadual de Saúde, sobre casos suspeitos de doença com exantemas (manchas vermelhas), até então não identificada, e que não se encaixavam nas definições padronizadas de dengue, sarampo e rubéola.

As amostras das coletas dos usuários foram inicialmente testadas no Laboratório Central de Saúde Pública do Estado da Paraíba (Lacen-PB) para dengue, sarampo, rubéola e parvovírus B19 e encaminhadas uma alíquota para Instituto Evandro Chagas (IEC), laboratório de referência nacional para testes de chikungunya e zika vírus. Dessa forma, 11 casos foram confirmados como zika vírus e, até o momento, não foi confirmado nenhum caso de chikungunya.

Zika Vírus –
É uma doença viral aguda, transmitida principalmente por mosquitos, tais como Aedes aegypti, caracterizada por manchas vermelhas no corpo, febre intermitente, dores articulares, dores musculares, fraqueza, coceira, dor de cabeça e dor atrás dos olhos.  Apresenta evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente no período de três até sete dias. 

 
Chikungunya: é um arbovirus que é transmitido por mosquitos do gênero Aedes.  Até recentemente havia sido detectado na África, Ásia e na Índia onde sua transmissão era principalmente urbana, envolvendo os vetores Aedes aegypti e Aedes albopictus. Casos da doença causada pelo vírus, à febre chicungunya, foram detectados no Brasil pela primeira vez em agosto de 2010. Os principais sintomas são febre alta, dores articulares e edema de articular que perdura por várias semanas até meses.
 
Dengue: a dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, com diferentes apresentações clínicas, e de prognóstico imprevisível. Depois do período de incubação, que vai de quatro a 10 dias entre a picada do mosquito infectado e a manifestação dos sintomas, a doença começa bruscamente e se assemelha a uma síndrome gripal. Os principais sintomas são: febre alta, dor de cabeça e dor atrás dos olhos.
 
O que fazer se estiver com os sintomas – Não existe um tratamento específico e nem vacina contra essas doenças. O paciente com sintomas deve procurar o serviço de saúde mais próximo para receber orientações. 

Prevenção –
Deve-se reduzir a densidade vetorial, por meio da eliminação da possibilidade de contato entre mosquitos e água armazenada em qualquer tipo de depósito, impedindo o acesso das fêmeas grávidas por intermédio do uso de telas ou mantendo-se os reservatórios ou qualquer local que possa acumular água, totalmente cobertos.

Individualmente, podem ser utilizadas roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia quando os mosquitos são mais ativos. Podem ser utilizados também repelentes na pele exposta ou nas roupas.

Com Parlamento PB



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