Publicado em: 11 abr 2014

Três mosqueteiros da voz

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Agora era para ser cada um por si. Não é: Sam Alves, Lucy Alves e Dom Paulinho Lima, ex-concorrentes do The Voice Brasil, lançam seus respectivos álbuns de estreia cercados por uma aura de coleguismo que parece ter pairado por toda a trajetória do programa e continua a permeá-los como novas apostas da Universal Music.

“Nunca foi uma competição para nós”, vibra Dom Paulinho diante de Lucy, que chama carinhosamente de “baixinha”, e de Sam, vencedor da edição mais recente do programa da Rede Globo. “O momento é de consagração do trabalho de três malucos que saíram dos ‘rococós’ e foram presenteados com esta oportunidade de realizar um sonho.”

Juntos no Rio de Janeiro, onde divulgam os discos que chegam simultaneamente às lojas, os três mosqueteiros do The Voice bateram um papo descontraído com o JORNAL DA PARAÍBA, por telefone, e falaram da próxima etapa de suas carreiras. “A gente está recomeçando”, revela Lucy. “Divulgar o CD e montar o show solo é uma outra história que vai finalizar a nossa passagem pelo programa e introduzir cada vez mais o nosso próprio trabalho.”

A preocupação em consolidar-se em carreira solo é um desafio comum aos três artistas. Sam Alves, por exemplo, começou com o pé direito: “Graças a Deus o álbum já estreou em primeiro lugar e continua entre os dez mais vendidos do iTunes”, comemora o já vitorioso Sam. Tanto quanto Lucy, ele aproveitou o trampolim da gravadora para debutar na composição.

No repertório de ambos há canções de próprio punho: ‘Amor a perder de vista’ (parceria de Lucy com Badu, já inclusa no DVD ao vivo do Clã Brasil) e ‘Be with me’ (canção que Sam compôs em inglês, mirando o mercado internacional). “Tive total liberdade sobre as músicas”, garante o cantor que, em meio aos covers que o consagraram, incluiu uma canção inédita da ‘técnica’ Claudia Leitte. “Eu escolhi as faixas como se eu ainda estivesse no programa e tivesse que apresentá-las para os jurados.”

Lucy e Sam também homenagearam o mentor Carlinhos Brown: ela na faixa ‘Se você vai eu vou’ (colaboração entre Brown e Marisa Monte) e ele em ‘Você existe em mim’ (assinada pelo baiano e os americanos Josh Groban e Lester Mendes). “Foram presentes de Carlinhos que somaram àquele repertório já estabelecido no The Voice”, explica Lucy. “A gravadora queria músicas que girassem em torno do universo que nós mesmos criamos.”

Dom Paulinho é o único que achou melhor não se arriscar na composição: “Eu sou um péssimo letrista”, admite com o típico carisma que lhe deu lugar de destaque no programa, apesar de ter sido o único dos três que não foi até a fase final. “Rimo amor com flor e flor com vaso. Mas tenho ideias musicais muito legais. Não toco piano nem nenhum instrumento de corda, mas encho o saco de quem toca. Você tem que ter cara de pau. Eu fui o rei do pitaco.”

Diferente da dupla de finalistas, Dom Paulinho não viajou na turnê do The Voice que colocou Sam, Lucy, Pedro Lima e Rubens Daniel no palco, lado a lado, em shows em São Paulo e no Rio de Janeiro. Mais velho dos três (ele tem 47 anos, dos quais 35 foram dedicados à música), o cantor afirma que está afiadíssimo com a sua banda para os desafios que hão de vir pela frente.

“Eu espero trabalhar ainda por longos e longos anos, até eu ficar velhinho, e tirar o bom e velho funk do ostracismo”, profetiza, assumindo um gênero que é bem diferente daquele funk que a maioria do público conhece hoje. “Já tenho uma banda formadíssima, sentando soul music na cabeça da rapazeada com muita virada e aquele batidão gostoso.”

O tom de expectativa também está nas palavras de Sam, que interrompeu a agenda frenética para se enturmar com a banda atual: “Depois que a turnê do The Voice terminou eu dei uma pausa até maio para ensaiar. Agora, é fazer show e confiar no que a gente faz e nos fãs que eu conquistei durante o programa.”

Lucy conclui mandando um recado pra Paraíba: “Tenho muitos compromissos agendados pelo Nordeste na época junina com a minha banda, que é gigantesca e está trabalhando em vários formatos. Estou correndo atrás de datas para a Paraíba. Tenho muita vontade de lançar este CD em João Pessoa, no Teatro Santa Roza.”

Portal do Litoral PB

Com Jornal da PB




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