Publicado em: 20 abr 2019

Procurado entre Paraíba e Pernambuco o homem apontado como responsável pela construção dos prédios que desabaram no Rio

A polícia está na rua para cumprir mandados de prisão temporária contra três suspeitos de serem os responsáveis pelo desabamento de dois prédios na comunidade da Muzema, na Zona Oeste, há uma semana, que deixou pelo menos 20 mortos.

Já são considerados foragidos José Bezerra de Lima, conhecido como Zé do Rolo, responsável pela construção dos edifícios, e Renato Siqueira Ribeiro e Rafael Gomes da Costa, que atuavam como vendedores. Eles respondem por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.

Zé do Rolo pode ter fugido para a Paraíba, onde ainda tem parentes. Além da polícia paraibana, a pernambucana também foi acionada, porque há informações de que ele estaria próximo à divisa entre os dois estados.

Em entrevista à TV Globo, a delegada Adriana Belém, da 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca) confirmou que os mandados foram expedidos pelo plantão judiciário. Os mandados de prisão temporária valem por 30 dias, mas podem ser prorrogados por mais 30, caso os acusados não sejam encontrados. “As pessoas construíram sonhos e entregaram a elas tragédias”, afirmou a delegada.

Na tarde de quinta-feira (18), a delegada tomou o depoimento de diversas testemunhas. Pelo menos duas confirmaram que Zé do Rolo seria o responsável pela construção dos prédios. A polícia investiga a participação da milícia na construção e comercialização de empreendimentos imobiliários na região da zona oeste.

“Nós tínhamos a informação de que seriam eles”, disse a delegada “Ontem (quinta) foi nosso primeiro contato com as vítimas que, em princípio, resistiam, por motivos óbvios, mas confiaram no nosso apelo, foram lá e reconheceram. Nós pedimos a prisão desses três que foram efetivamente reconhecidos como o construtor e dois vendedores.”

O desabamento dos prédios ocorreu três dias depois de um forte temporal atingir a cidade, castigando, especialmente, a zona oeste. A área onde estavam já tinha sido interditada em fevereiro justamente pelo risco de desabarem. Dez pessoas ficaram feridas. Três moradores dos prédios continuam desaparecidos. Os bombeiros seguem trabalhando nos escombros, sete dias depois do desabamento.




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