Publicado em: 4 jun 2014

Pai e filho são presos por mandar matar médico paraibano no estado de Pernambuco

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O médico Cláudio Amaro Gomes e seu filho, o advogado Cláudio Amaro Gomes Júnior, foram presos, nesta terça-feira (03), por envolvimento com a morte do médico paraibano Artur Eugênio de Azevedo Pereira, 36 anos, encontrado morto há 21 dias, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. A informação foi repassada pela Polícia Civil.

A dupla teve a prisão provisória de 30 dias decretada pela Justiça. No momento da prisão, o médico estava em casa, em Boa Viagem (Zona Sul do Recife), e o advogado, em um restaurante no bairro da Encruzilhada (Zona Norte). A investigação aponta que desavenças profissionais entre a vítima e o colega teriam motivado o homicídio.

Quando foi preso, o advogado Cláudio Amaro Gomes Júnior foi flagrado com um revólver calibre 38 sem registro e seis munições; ele também não apresentava porte de arma. À polícia, ele explicou que estava andando armado porque estaria sofrendo ameaças.

A Polícia Civil informou que a prisão da dupla foi realizada por policiais da Divisão Sul do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). “Durante as investigações foi descoberto que a vítima foi arrastada por dois homens na entrada do prédio onde morava, em Boa Viagem”, diz nota divulgada na noite desta terça.

Altamiro Fontes, advogado do médico Cláudio Amaro Gomes, negou a participação de seu cliente no crime. “Ele é inocente, é um homem respeitável. Não conhecia a vítima e não tem nada a ver com isso, foi um engano da Justiça e agora vamos trabalhar para reparar isso”, comentou.

Corpo do médico Artur de Azevedo foi achado em Jaboatão dos Guararapes, há 21 dias (Foto: Reprodução / TV Globo)
Corpo do médico Artur de Azevedo foi achado em
Jaboatão dos Guararapes, há 21 dias
(Foto: Reprodução / TV Globo)

Ambos estão na Delegacia de Prazeres, em Jaboatão, onde estão prestando depoimento ao delegado Guilherme Caraciolo. De lá, após os exames de praxe, serão encaminhados ao Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana. A Polícia Civil informou que os executores do crime ainda estão foragidos.

Entenda o caso
O corpo do médico Artur Eugênio de Azevedo Pereira, 36 anos, foi encontrado no dia 13 de maio passado, às margens da BR-101 Sul, em Jaboatão dos Guararapes, com quatro marcas de tiro.

A vítima foi vista pela última vez na noite da véspera, ao deixar o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), em Santo Amaro, área central do Recife, onde trabalhava.

De acordo com a assessoria de imprensa do HCP, imagens das câmeras de segurança do prédio registraram a saída dele do local por volta das 19h30. Depois desse horário, Artur ligou para a mulher e disse que ia visitar um paciente no Hospital Português. Após a ligação, ele não fez mais contato com amigos ou familiares. O cadáver foi encontrado com quatro marcas de bala: três nas costas e uma na cabeça .

De acordo com a polícia, o carro da vítima foi queimado e abandonado no bairro da Guabiraba, Zona Norte do Recife, nas proximidades do Centro de Treinamento do Náutico.

Artur era paraibano e atuava no Hospital de Câncer de Pernambuco, Hospital das Clínicas, Imip e Português. Ele tinha família em Campina Grande e era formado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O médico era benquisto e descrito como uma pessoa calma — o corpo dele foi enterrado no dia 15 de maio, em Campina Grande.

 

G1PE




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