Publicado em: 1 jul 2015

Motoristas de ônibus de João Pessoa decidem entrar em greve a partir de terça-feira (6)

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Os motoristas, cobradores e outros profissionais do transporte coletivo urbano de João Pessoa decidiram, em assembleia realizada nesta quarta-feira (1º) em João Pessoa, entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (7). Segundo a assessoria de imprensa do sindicato dos motoristas, a decisão sobre a greve foi unânime e deve envolver 100% dos funcionários. “Todos os ônibus vão parar na terça-feira. Só vamos considerar a implantação de uma frota mínima caso alguma medida judicial seja tomada”, disse.

O presidente do Sindicato dos Motoristas e Demais Trabalhadores dos Transportes de Passageiros Urbanos do Município de João Pessoa, Antônio de Pádua, explicou que a proposta inicial da categoria era de reajuste de 14%, que, posteriormente, foi diminuída para 12%. Apesar disto, os empresários teriam oferecido uma contraproposta de 6%. Os trabalhadores pedem também um aumento no ticket alimentação.

“Reduzimos nossa proposta inicial com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) relativo aos últimos 12 meses, mas a contraproposta foi muito abaixo desse patamar, inclusive longe do INPC acumulado. Além de oferecer apenas esses 6%, ainda pretendem congelar os demais benefícios, como plano de saúde e ticket alimentação, mantendo o que ficou decidido no ano passado. Essa proposta está longe da realidade e não mudaremos de ideia sem uma proposta passível de negociação”, afirmou.

Por outro lado, o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Coletivos Urbanos de João Pessoal (Sintur-JP), Alberto Pereira, disse que os empresários não têm como elevar a proposta de aumento. “Estamos trabalhando no vermelho, com uma tarifa defasada, com queda acentuada de passageiros e consequente redução da receita, além de acumularmos vários aumentos, principalmente do óleo diesel, que é o segundo maior custos das empresas”, afirmou Alberto Pereira.

Ainda segundo o presidente do Sintur-JP, a classe dos empresários das empress de transporte coletivos espera que os trabalhadores sejam sensíveis a essa realidade de crise e entendam que uma greve, na atual conjuntura, só vai prejudicar a população. Para Alberto Pereira, a tarifa praticada na cidade deveria ser de, pelo menos, R$ 2,80. “A própria tarifa técnica calculada pela Semob quando da última recomposição tarifária, já acusava um valor maior do que foi aprovado, de forma que estamos trabalhando com uma tarifa que não está cobrindo os custos já há algum tempo”, destacou.

Segundo Antônio de Pádua, na segunda-feira (6) será realizada uma reunião no sindicato às 18h. “No local, será decido os termos da paralisação e, por volta das 23h, está programada uma caminhada para a Lagoa, onde, exatamente à meia-noite deflagraremos a greve”, explicou.




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