Publicado em: 11 jul 2017

Maia defende votar denúncia contra Temer até agosto: ‘Brasil não pode esperar 15 dias’, afirma

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta terça-feira (11) que a denúncia contra o presidente Michel Temer seja votada pelo plenário da Casa antes de agosto.

 Apresentada há cerca de duas semanas pela Procuradoria Geral da República, a denúncia está em análise na Comissão de Constituição e Justiça e, em seguida, terá de ser votada pelo plenário.

Nesta segunda (10), o relator, Sergio Zveiter (PMDB-RJ), recomendou o prosseguimento do processo. A expectativa é que o parecer comece a ser discutido nesta quarta (12) para, então, ser votado. Em seguida, o parecer será analisado pelo plenário, mas a polêmica é que, em tese, o Congresso Nacional entra em recesso na próxima terça (18).

“O Brasil não pode ficar parado. É uma denúncia contra o presidente da República, é grave. Eu espero que a gente consiga votar essa matéria o mais breve possível, e que os deputados possam continuar em Brasília. A votação no plenário precisa de um quórum muito alto, com dois terços. É importante que todos nós possamos entender que o Brasil não pode esperar 15 dias”, afirmou Maia nesta terça.

“Do meu ponto de vista pessoal, não podemos deixar essa matéria para agosto”, acrescentou o presidente da Câmara.
Mais cedo, nesta terça, a colunista do G1 Andréia Sadi informou que Temer tem pressionado Rodrigo Maia a colocar a denúncia em votação no plenário já nesta sexta (14). Ainda segundo o blog, Maia teria concordado.
Leia também: Temer diz em evento que denúncia é ‘injustiça que se faz com o Brasil’
‘Apelo’

Em entrevista, Maia fez um apelo aos deputados da CCJ para que votem a denúncia contra Temer.

“Eu faço um apelo aos deputados da Comissão de Constituição e Justiça, já que o plenário não tem condições de votar a denúncia sem o parecer da comissão, para que possa avançar na votação do parecer no prazo mínimo que foi acordado”, disse.

Sobre a possibilidade de não haver recesso, Maia afirmou que não cabe a ele decidir isso.

A denúncia da PGR

Com base nas delações de executivos do grupo J&F, que controla a JBS, Temer foi denunciado pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal pelo crime de corrupção passiva.

A denúncia foi encaminhada à Câmara, a quem cabe autorizar o STF a analisar a peça do Ministério Público.

Primeiro, a denúncia tem de ser analisada na CCJ e, independentemente do resultado, seguirá para plenário.

Se 342 deputados votarem em plenário a favor do prosseguimento, a denúncia vai ao Supremo.

Se a maioria dos ministros da Corte aceitar a denúncia, Temer, então, se tornará réu e será afastado do mandato por até 180 dias.

G1




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