Publicado em: 26 nov 2014

Levir vê rival superior e diz que Galo compensa no coração: “Está no DNA”

levirO Atlético-MG venceu o primeiro jogo da final da Copa do Brasil por 2 a 0, no Independência, e garantiu uma boa vantagem para o jogo de volta contra o rival Cruzeiro, nesta quarta-feira, às 22h, no Mineirão. Agora, o adversário terá de conseguir uma virada ao estilo do Galo, que reverteu situações adversas por duas vezes, nas quartas e na semifinal, para chegar à decisão. O técnico atleticano Levir Culpi sabe da força da Raposa e elogia o time comandado pelo amigo Marcelo Oliveira, mas garante que sua equipe leva vantagem em um aspecto que considera importantíssimo em clássicos: O coração.

– O Cruzeiro é um time mais regular, mais bem montado, digamos assim. Mas o Atlético-MG é mais coração, já está no DNA aqui do pessoal, nas partidas decisivas, nas partidas com emoção, o Atlético-MG está sempre envolvido – garantiu Levir, em entrevista ao “SporTV News”,explicando também por que o Galo ficou com “fama” de clube copeiro, enquanto o rival, que acabou de conquistar o Campeonato Brasileiro pelo segundo ano consecutivo, tem se destacado na disputa dos pontos corridos.

O técnico elogiou a qualidade do adversário, mas lembrou que o Galo já mostrou que pode vencê-lo, tanto que está invicto em clássicos este ano: em seis jogos, foram três empates no Campeonato Mineiro e três vitórias atleticanas, duas no Brasileiro e uma no jogo de ida da decisão da Copa do Brasil. Para ficar com o título, o Cruzeiro precisa fazer três de diferença ou devolver o 2 a 0 para levar a decisão para os pênaltis.

– O time do Cruzeiro apresenta uma superioridade sobre os outros, é inegável isso, não adianta. É uma coisa do trabalho. A comissão técnica do Cruzeiro também é muito legal, conheço muita gente de lá, são caras muito competentes, não há como negar, só que na decisão de um clássico a coisa muda de figura, tanto é que temos obtido bons resultados – afirmou.

Apesar da boa vantagem, Levir diz que prefere não fazer suposições de possíveis resultados ou lembrar o próprio histórico, quando viveu situação inversa e buscou a virada, contra Flamengo e Corinthians, depois de sair perdendo também por 2 a 0. Embora admita que existe uma pressão, o técnico lembra que o mesmo acontece do outro lado e aposta em um jogo equilibrado.

– A gente está muito legal, bem concentrado. Em alguns momentos a gente passa do ponto (ao lidar com a pressão), mas a tranquilidade que eu tenho é que não acontece comigo e só com atleticanos, acontece também com Marcelo e com os cruzeirenses (…) Acho que vai ter momentos em que eles vão criar as oportunidades, e nós também vamos. Esses momentos vão decidir. Só quero que o time esteja preparado psicolíogicamente para altos e baixos durante o jogo – disse.

Se no Independência o Galo contou com a torcida, desta vez terá de buscar o título diante da massa cruzeirense. Serão apenas 1813 atleticanos no Mineirão, número definido nesta terça-feira pela Polícia Militar. Levir lamentou que os clássicos não possam mais ser realizados com a presença das duas torcidas.

– Sinceramente, é uma das coisas que mais me deixou decepcionado aqui no Brasil. É um retrocesso. O clube só vive com a torcida, a torcida é a alma do clube. Quando você tira a torcida do estádio, acaba o show, a rivalidade. Sinceramente, não sei quem inventou isso, acho que o cara foi muito infeliz. Pode ter tido uma lógica, uma razão, mas é uma decisão completamente infeliz – afirmou, quando questionado sobre jogos com torcida única.

 

G1




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