Publicado em: 26 nov 2020

Leilão do 5G é ‘para ontem’, diz ministro das Comunicações

Em entrevista à CNNnesta quarta-feira (25), o ministro da Comunicações, Fábio Faria, comentou sobre o leilão de frequências da rede móvel 5G no Brasil e disse que o país não tem mais tempo a perder com o assunto.

“Sempre falei que pretendo realizar o leilão no primeiro semestre do ano que vem. O leilão é para ontem, não podemos perder um dia se quer,” disse Faria.

“O governo fez sua parte com a Lei de Liberdade Econômica e a Lei das Antenas que facilita a instalação dessa infraestrutura no Brasil, vital para o 5G, já que a rede requer dez vezes mais antenas. Também emitimos decretos no Ministério que dão condições para a realização dos leilões.”

O que muda com o 5G?

A pandemia do novo coronavírus fez com que o processo de implantação da tecnologia 5G no país ficasse para 2021. Mas você sabe o que ela traz, além de maior velocidade de navegação na internet?

Segundo Henrique Poyatto, especialista em tecnologia da Fiap, disse à CNN, com a quinta geração da telefonia móvel, devemos ter um ganho grande em velocidade, pois a tecnologia tem como característica usar frequências muito elevadas. E, quanto maior a frequência utilizada, ela se propaga menos, podendo ultrapassar obstáculos, como paredes, por exemplo.

Outra questão que o 5G promete melhorar é o sinal em lugares com muitas pessoas no mesmo espaço. Hoje, a conexão geralmente fica muito ruim porque a antena não dá conta de entregar sinal com qualidade para todos.

A nova geração de internet, porém, deve suportar até um milhão de usuários conectados por quilômetro quadrado. É como se toda a arquibancada de um estádio de futebol pudesse registrar e postar aquele gol tão esperado ao mesmo tempo.

Ao invés das enormes antenas, o 5G vai usar fitinhas para ajudar a melhorar a intensidade do sinal, além de possibilitar a conexão entre diferentes equipamentos eletrônicos.

Mas, para chegar até aqui, foi um longo caminho.

Nos anos 80, a primeira geração possibilitou a comunicação via voz, com aqueles aparelhos enormes — os chamados “tijolões”.

A segunda geração, o 2G, permitiu também a comunicação por texto. Depois veio o 3G, que garantiu o acesso à internet. Por último, o 4G, que ampliou a velocidade de conexão e permitiu o acesso à banda larga.

A transição para a nova tecnologia não será fácil. Isso porque, dos 228,5 milhões de telefones conectados no Brasil, metade deles ainda não tem nem o 4G.

 

CNN Brasil




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