Publicado em: 24 maio 2015

INVESTIR OU ESPERAR O FIM DA CRISE?

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A população brasileira tem sido surpreendida por uma “chuva” de notícias negativas. Inflação, corrupção, diminuição do poder de compra, aumento da violência, restrições no crédito imobiliário e bancário, principalmente com o aumento das taxas, entre outros. São fatos que acabam interferindo diretamente na economia nacional em geral e, consequentemente, atingido o nosso bolso.

Neste texto vou tratar de duas situações de compras relacionadas ao mercado imobiliário: a compra feita com recursos próprios e a realizada através do crédito imobiliário. Vamos dividir o primeiro caso em duas modalidades: compra parcelada sem o intermédio do banco ou a compra à vista.

A compra à vista é aquela na qual o comprador detém maior poder de barganha. Ele efetua a compra integralmente com recursos próprios. Se você é um desses privilegiados, a hora é de procurar e negociar bastante. A crise pode estar reduzindo o poder econômico de algum construtor/vendedor e você, repentinamente, pode se deparar com um desses. E se isso acontecer, a possibilidade de ganhar um bom desconto será grande. A palavra de ordem é negociar. Isso servirá também para aqueles que têm uma boa porcentagem do valor total do imóvel em recursos próprios e não quer utilizar o crédito imobiliário para complementar a compra. Esses, em sua grande maioria, recorrem a um financiamento direto com a construtora. Mas nem todas dispõem desse tipo de financiamento, sobretudo quando são pequenas. Porém, configura-se como uma boa alternativa de compra. Indico que pesquise, converse e barganhe, pois nem sempre a tabela de parcelamento que está exposta pela construtora será seguida ao “pé da letra”. Conheço diversos casos onde a construtora, ao ver que o cliente não se adequaria àquela forma de pagamento, pediu que ele mesmo formulasse a proposta da forma como ele podia pagar. E saiu negócio.

Mas a forma mais comum de compra é através do crédito imobiliário. Aqui vou me reportar à Caixa Econômica Federal. Essa modalidade vem sofrendo bastante com as oscilações do mercado. Tenhamos cuidado! Muitas vezes, a maneira que a mídia está expondo não retrata a realidade. Exemplo disso é a forma como foram noticiadas as novas regras para a aquisição de imóveis usados. Fui questionado diversas vezes sobre a nova porcentagem de financiamento que, no caso dos usados, teria sido reduzida para 50%. Ora, se você estava comprando um imóvel no valor de R$150 mil, por exemplo, precisaria entrar com metade desse valor em recursos próprios. É uma meia verdade. A marca de 50% atinge diretamente os contratos feitos pelo SBPE. São aqueles casos de quem já possui imóvel registrado em seu nome e busca adquirir um segundo imóvel e, ainda, quando o imóvel tem valor acima de R$170 mil (em alguns municípios paraibanos esse valor é de R$ 140 mil). E foi justamente essa modalidade que sofreu as maiores alterações. Subiram as taxas e se restringiu o crédito.

No SBPE, a Caixa utiliza recursos da poupança. Mas eles estão escassos no mercado. Porém, o banco continua financiando imóveis usados com porcentagens maiores. É o caso dos imóveis adquiridos com recursos do FGTS. O xis da questão está aqui para os imóveis usados. Na modalidade SBPE com recursos da poupança, o financiamento máximo é de 50%. Já a modalidade FGTS, com recursos do próprio FGTS, continua tudo como antes.

Não poderia concluir este texto sem citar os financiamentos pelo Programa Minha Casa Minha Vida, um dos carros-chefe da atual gestão federal. Para o comprador as condições continuam as mesmas. As alterações que aconteceram foram relacionadas às obras. Hoje, para imóvel em rua sem pavimento geralmente tem sido cobrada a instalação de meio fio e, em alguns casos, até o calçamento da via. Esse fato tem causado certo nível de contrariedade por parte dos construtores, pois os mesmos alegam conflito de informações por parte da Caixa, que não deixa claro os parâmetros para as novas exigências.

Respondendo o meu título, concordo que o momento econômico não é dos melhores. Mas se você almeja comprar um imóvel e consegue negociar obtendo uma boa condição de compra, claro, dentro do seu orçamento, calculando os prós e contras do investimento, acredito que a crise não será empecilho para a realização da compra.




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