Publicado em: 6 maio 2016

Inflação oficial volta a ganhar força e fica em 0,61% em abril, diz IBGE

Farmacêuticos de Araraquara e São João receberão treinamento sobre doenças transmitidas pelo Aedes (Foto: Reprodução/EPTV)

O Índice de Preços ao Consumidor – Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, voltou a acelerar e ficou em 0,61% abril, depois de subir 0,43% no mês anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda assim, considerando apenas o mês de abril, esse índice é o menor desde 2013.

No ano, de janeiro a abril, o IPCA acumula avanço de 3,25% e, em 12 meses, de 9,28%.

A previsão dos economistas do mercado financeiro é que o IPCA feche o ano de 2016 em 6,94%, segundo o boletim Focus. O Banco Central tem informado que buscará trazer a taxa para até 6,5%, que é o teto da meta do governo para a inflação.

“Embora tenha sido maior [a inflação de abril] do que a taxa de 0,43 [%] de março, o IPCA foi menor do que o 0,71 [%] do abril lá no ano passado. Com isso, a taxa dos 12 meses deu uma chegadinha para baixo”, explicou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de índice de preços. De acordo com ela, no entanto, não é possível ainda chamar de “trajetória de queda” da taxa. “Vamos esperar o resultado de maio.”

Remédio e comida
O avanço da inflação neste mês foi influenciado, principalmente, pelo aumento dos preços relacionados à alimentação e à saúde e cuidados pessoais.

Mesmo tendo subido menos de um mês para o outro (de 1,24% para 1,09%), os alimentos exerceram uma das principais influências, porque têm um peso muito grande no bolso do consumidor.

“Alimentação, embora tenha ficado um pouco abaixo, continua apresentando preços elevados, taxa relativamente alta com 1,24%. E é um grupo que responde por um quarto das despesas das famílias”, afirmou Eulina.

Também fez com que o IPCA acelerasse mais o reajuste de mais de 6% nos preços dos remédios, autorizado no final de março pelo governo. Esse aumento acabou pressionando os preços do grupo de gastos com saúde, que registrou uma forte alta de março para abril (de 0,78% para  2,33%.

A inflação poderia ter registrado uma taxa ainda maior se outras despesas não tivessem ficado mais baratas. É o caso dos combustíveis (-1,04%) e da energia elétrica (-3,11%), que teve seu custo reduzido após o fim da cobrança extra da bandeira tarifária.

Na análise do comportamento dos preços nas capitais, o IBGE aponta que a maior variação da inflação partiu da região metropolitana de Fortaleza (1,02%), pressionada pela taxa de água e esgoto (2,49%). Na outra ponta, o menor IPCA foi registrado na região metropolitana de São Paulo (0,36%) devido porque o os alimentos subiram abaixo da média nacional (0,77%) e o preço do litro do etanol caiu 6,78%.

Veja a variação de preços de alguns itens:

Batata-inglesa: 13,13%
Açaí: 9,22%
Frutas: 4,13%
Remédios: 6,26%
Plano de saúde: 1,06%
Artigos de higiene pessoal: 0,58%
Telefone celular: 4,01%
Acessórios e peças: 1,55%
Taxa de água e esgoto: 1,51%
Artigos de limpeza: 1,46%
Passagem aérea: 1,43%
TV, som e informática: 1,30%
Motocicleta: 1,18%
Roupa feminina: 0,95%
Serviço bancário: 0,94%
Seguro de veículo: 0,83%
Manicure: 0,81%
Emplacamento e licença: 0,77%
Empregado doméstico: 0,70%
Ônibus urbano: 0,69%
Calçados: 0,60%
Taxa de água e esgoto: 1,51%
Ônibus urbano: 0,69%

Com G1



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