Publicado em: 31 jan 2020

Hospitais da Rede Ebserh serão referência para pacientes com suspeita de coronavírus

Febre, tosse e dificuldade para respirar. Esses são sinais comuns de gripes ou pneumonias, mas que também podem ser sintomas clínicos do novo coronavírus, que foi detectado inicialmente na cidade de Wuhan, na China, no fim do ano passado. O vírus vem se alastrando por outros países tem causado preocupação para a Organização Mundial da Saúde, que declarou, nesta quinta-feira, 30, situação de emergência global. Segundo o MS, o Brasil está preparado para prestar a assistência necessária à população, em eventual necessidade caso incida a contaminação pelo coronavírus no país. As Secretarias Estaduais de Saúde definiram 47 hospitais de referência para possíveis atendimentos de casos graves, caso aconteçam, sendo quatro da Rede Ebserh: o Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM-UFMT/Ebserh), em Cuiabá (MT); o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS/Ebserh), em Campo Grande; o Hospital Universitário João Barros de Barreto (HUJBB-UFPA/Ebserh), em Belém (PA); e o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB/Ebserh), em João Pessoa (PB).

Para o diretor de Atenção à Saúde da Rede Ebserh, Giuseppe Gatto, o trabalho integrado entre as instituições de saúde é fundamental para minimizar possíveis impactos em caso de surto do coronavírus no Brasil. “É importante a Rede Ebserh trabalhar em conjunto  com as redes locais de saúde. Não é um esforço individual, mas coletivo. A administração central da empresa está trabalhando em parceria direta com o Ministério da Saúde, se integrando desde o começo dos esforços para acompanhamento e avaliação do vírus no país”, disse.  

Outra ação adotada pela Rede Ebserh é a aquisição emergencial de equipamentos de proteção individual para trabalhadores da área assistencial, por meio de contratos já vigentes. Serão máscaras, luvas, aventais e óculos, totalizando investimentos de R$ 1,2 milhão na segurança dos colaboradores dos hospitais da rede. Também foi instituída a veiculação de um boletim diário com informações atualizadas do MS e da OMS, apoiando os hospitais nas diretrizes regulatórias e assistenciais Além da participação no grupo do MS que trata das estratégias sanitárias sobre o coronavírus no Brasil. A Ebserh também está elaborando um protocolo assistencial próprio, que poderá ser compartilhado com outras instituições, com informações sobre como receber o paciente suspeito de contágio pelo coronavírus, quais encaminhamentos, que tipo de isolamento, entre outros passos.

Transmissão, tratamento e prevenção

No Brasil, até às 12h de quarta-feira, 29, o Ministério da Saúde (MS) recebeu a notificação de 33 casos para investigação de possível relação com a infecção humana pelo novo coronavírus, sendo 24 descartados e nove ainda sob investigação. De acordo com o MS, as investigações sobre transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato, já foi registrado em outros países, além da China. A contaminação pode ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo (como toque ou aperto de mão), contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos. O vírus pode ficar incubado por duas semanas, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.

Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano. A indicação é repouso e consumo de bastante água, além de medidas adotadas para aliviar os sintomas como o uso de medicamento para dor e febre. Mas os médicos alertam que é fundamental procurar ajuda médica logo que aparecerem os primeiros sintomas para iniciar o tratamento, se for confirmado o diagnóstico.

Mas cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus, devem ser adotadas. Entre as medidas estão evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas, lavar frequentemente as mãos, utilizar lenço descartável, cobrir nariz e boca com a região do cotovelo quando espirrar ou tossir, evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca ou não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas.

Saiba mais no site do Ministério da Saúde.

Sobre a Rede Ebserh

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.

Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas.

Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.




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