Publicado em: 30 jul 2016

Guitarrista é preso suspeito de integrar grupo especializado em criar falsos sites de vendas

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A Polícia Civil da Paraíba prendeu nesta sexta-feira (29) mais um suspeito de participação em um grupo criminoso com atuação em todo o Brasil, suspeito de ter criado pelo menos dez sites de venda de produtos pela internet. Esses produtos comercializados pelo grupo, segundo a política, não existiam. Bruno Ricardo de Melo Braz, de 33 anos, trabalha como músico, é guitarrista, e foi localizado nesta manhã em uma residência localizada em Cabedelo.

De acordo com a Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), após a primeira prisão de um suspeito de envolvimento nos crimes, na última segunda-feira, Bruno Ricardo tentou se evadir, mudando de localidade, mas foi encontrado hoje em Cabedelo, quando foi dado cumprimento ao mandado de prisão temporária (cinco dias) deferido pela 2ª Vara Criminal de João Pessoa.

A DDF informou que as investigações já vêm sendo realizadas há mais de um ano. As fraudes já somariam mais de R$ 400 mil com a negociação de produtos como eletrodomésticos e eletrônicos, que posteriormente não são entregues aos compradores. Segundo a polícia, os sites foram criados de maneira fraudulenta e os produtos não existiam. Segundo o delegado Lucas Sá, da DDF, tratava-se de um “elaborado golpe, que conseguiu enganar pelo menos 181 pessoas”, disse.

O primeiro suspeito identificado, preso na segunda-feira passada, foi Luis Paulo Jacob de Macedo, de 28 anos. Ele foi preso na sede de sua empresa de confecções, no bairro Brisamar, João Pessoa, suspeito de integrar o grupo. Depois dessa prisão, a DDF continuou em busca do segundo suspeito, segundo informou o delegado.

Os sites criados vendiam desde máquinas de lavar, geladeiras, fogões até equipamentos eletrônicos como tablets e smartphones.

“Após um ano e meio de investigações, a DDF conseguiu encontrar relação em pelo menos 15 sites falsos e identificar 16 suspeitos, que utilizaram, na execução das fraudes, CNPJ de empresas estabelecidas (também vítimas das fraudes praticadas), além de criarem empresas com a utilização de documentos falsos e endereços inexistentes”, explicou o delegado Luca Sá.

De acordo com ele, o suspeito Bruno Braz, por exemplo, figurou como proprietário de uma das empresas utilizadas na criação dos sites falsos, com endereço na Avenida Duque de Caxias, no Centro de João Pessoa. O endereço, no entanto, é falso, conforme a Polícia Civil. Ele também figurou como titular de uma conta bancária na qual os clientes dos sites falsos depositaram os valores correspondentes às negociações, por meio de transferências ou boletos bancários.

As investigações da DDF permitiram a decretação de diversas medidas cautelares relacionadas aos fatos, como quebra de sigilo bancário, telemático e telefônico, além da decretação da prisão temporária de dois suspeitos – Luís Jacob e Bruno Braz, que são os dois que foram presos nesta semana.

Com a identificação de todos os suspeitos e descoberta de todos os sites criados de maneira fraudulenta, a polícia pretende concluir as investigações, indiciando todos os suspeitos pelos crimes de falsidade ideológica, estelionato e organização criminosa que, somados, podem resultar em uma condenação de 18 anos de reclusão, além de representar pelo bloqueio e sequestro de todos os bens dos suspeitos, de maneira a garantir o ressarcimento das vítimas.

O delegado Lucas Sá orientou que a população verifique sempre a segurança dos sites de vendas. Esses sites devem apresentar o endereço físico da empresa, CNPJ e disponibilizar ainda canais de contato para o consumidor, possibilitando a resolução de problemas e a adoção das medidas cabíveis, judiciais e policiais, em caso de algum ilícito.

Confira alguns dos sites utilizados pelo grupo segundo a Polícia

 

 

Portal do Litoral 

Com ClickPB




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