Publicado em: 11 dez 2020

Fundador do Zoom é eleito o empresário do ano pela revista Time

O empresário do ano, segundo a revista Time, é o homem responsável pela plataforma de vídeo capaz de aproximar pessoas distantes fisicamente umas das outras. Não à toa. Durante a pandemia do novo coronavírus, o Zoom se tornou uma ferramenta imprescindível nos negócios, nas relações familiares e nas instituições de ensino. “Nós não pensamos nos consumidores nem nos estudantes quando começamos o planejamento de 2020”, diz o fundador do Zoom, Eric Yuan, em entrevista à Time.

Apesar de competir com ferramentas semelhantes do Google, da Apple e da Microsoft, o Zoom se destacou ao saltar de 10 milhões de usuários por dia para 300 milhões em abril. Com isso, Yuan foi catapultado ao ranking de bilionários da Forbes.

Mas a trajetória da companhia, em um ano tão atípico, não se deu sem sobressaltos. Falhas de segurança deixaram usuários vulneráveis a assédios e à perda de privacidade, e o seu uso (em excesso) foi atrelado a inúmeros casos de burnout, que pode ser traduzido como esgotamento mental. Sem falar que a ferramenta ajudou a elevar a desigualdade social com uma massa de excluídos digitalmente.

No caso de problemas de segurança, o Zoom respondeu com transparência, o que fez com que a ferramenta se tornasse o aplicativo mais baixado na Apple em 2020.

O Zoom foi pensado para aproximar Yuan da namorada que estudava em uma cidade que ficava a 10 horas de carro. Na época, ele também era estudante de matemática e de ciências da computação na Universidade de Shandong, na China, segundo a Time.

Ele era fissurado pela explosão ponto.com, mas não conseguia imigrar para os Estados Unidos, pois foi rejeitado oito vezes ao tentar conseguir o visto. Finalmente em 1997, aos 27 anos, ele foi aprovado — uma década depois obteve cidadania americana. Começou sua carreira como desenvolvedor na WebEx e saiu de lá em 2011 para montar a sua própria plataforma.

O software do Zoom foi lançado em 2013 e fez sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) em 2019. Diferentemente de outras empresas de tecnologia que operam no vermelho, como o Uber e o Slack, o Zoom não tem dívidas e é lucrativo — mesmo sendo de graça, ao menos, nos 40 minutos iniciais.

 

 

CNN Brasil




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