Publicado em: 3 jul 2014

FPF acusa Rosilene Gomes e mais 2 funcionários de furto

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Mais um escândalo envolvendo a Federação Paraibana de Futebol (FPF). E desta vez o caso foi parar na polícia. A Junta Administrativa da entidade deu entrada numa representação criminal contra dois funcionários da entidade e contra um presidente de sindicato acusando-os de “furto qualificado”. A denúncia diz que a CBF enviou um kit com 355 itens da Seleção Brasileira para a Federação, avaliado em R$ 15 mil, mas que este acabou sendo “desviado” para Rosilene Gomes, a ex-presidente da entidade.

Eduardo Faustino, um dos integrantes da Junta, informou inclusive que os dois funcionários serão demitidos por justa causa, por clara demonstração de “deslealdade funcional”.

“A gente só quer trabalhando conosco quem seja digno de confiança. Quem possa colaborar. Quem quebra a confiança deste jeito não pode trabalhar conosco”, declarou.

Segundo a denúncia, os documentos que comprovam a entrega da encomenda mostra que esta foi recebida por Antônio Alves Gonçalves, o secretário-geral da entidade que é conhecido por Toinho.

O documento da FPF diz ainda que Toinho junto com o motorista da FPF, Kleber Fábio Pereira da Silva, enviaram sem o conhecimento da Junta o kit para Rosilene, num ato que segundo os novos dirigentes da Federação corresponde a furto.

Ainda de acordo com a denúncia, o envio do material esportivo para Rosilene contou com o conhecimento de Genildo Januário, presidente do Sindicato dos Árbitros da Paraíba.

A representação pede o enquadramento dos quatro envolvidos (os dois funcionários, o presidente do sindicato e Rosilene) no Artigo 155, inciso 4º, do Código Penal. De acordo com o Código, em caso de condenação, os envolvidos podem sofrer pena de um a quatro anos de reclusão e multa.

A Federação Paraibana de Futebol divulgou, inclusive, tudo o que continha o kit supostamente desviado da FPF para Rosilene: 50 meiões de jogo, dez chuteiras, cinco camisas polo, 20 calções de jogo, 40 calções de treino, 20 calças de treino, dez jaquetas de frio, 20 casacos-hino, 50 camisas térmicas, 50 calções térmicos e 80 agasalhos. Todos produtos da Seleção Brasileira de Futebol.

A Federação requere, assim, que a Polícia Civil realize a “instauração de Inquérito Policial e a Busca e Apreensão do material obtido por meio criminoso”. Eles pedem ajuda da polícia para “restaurar o patrimônio da Federação Paraibana de Futebol ou ao menos minimizar o prejuízo”.

A reportagem entrou em contato com Genildo Januário, que confirmou o caso. Ele estava viajando quando soube por Toinho que o material tinha chegado e colocado na sala do sindicato.

Ao chegar de volta a João Pessoa, viu que o kit não era da entidade que presidia e avisou isto ao secretário-geral, que por sua vez pediu ajuda para colocar tudo dentro de um carro.

“Ajudei como ajudaria qualquer pessoa. Toinho disse que era de Rosilene Gomes e eu acreditei. Apenas ajudei ele a colocar o material no carro, mas não tenho nenhuma responsabilidade com o suposto desvio. Vou levar esta versão a quem precisar, porque ela é a verdadeira”, declarou.

Os outros dois funcionários envolvidos, Antônio Alves Gonçalves e Kleber Fábio Pereira da Silva, não foram encontrados para comentar o caso. Rosilene Gomes também não falou sobre o assunto.

 

Jornal da Paraíba




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