Publicado em: 24 jan 2014

EUA se dispõem a discutir ação contra Snowden, mas rejeitam clemência

1387376318466-snowden1Os EUA estão dispostos a discutir o processo judicial sobre o delator Edward Snowden, que vazou documentos revelando o amplo esquema de espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) –mas só se ele se declarar culpado primeiro.

Segundo o secretário de Justiça, Eric Holder, o governo não está disposto a oferecer “clemência” a Snowden, mas se ele voltar para os EUA para tentar provar sua inocência, os EUA “conversariam com seus advogados”.

Falando durante um evento na Universidade da Virgínia ontem, Holder não especificou que tipo de acusação o Departamento de Justiça espera fazer contra o ex-técnico da NSA.

Nos últimos meses, vem crescendo o movimento pelo perdão a Snowden entre grupos que defendem as liberdades civis e na imprensa americana -inclusive com um editorial do “New York Times” pedindo que o governo considere uma concessão ao delator, que está asilado na Rússia.

A seu favor, Snowden teria a série de medidas que foram tomadas para restringir o programa da NSA recentemente, inclusive o anúncio, pelo presidente Barack Obama, na última semana, de que vai limitar a coleta de dados pela agência.

“Eu realmente acho que a maré mudou para Snowden. Todas essas coisas juntas favorecem algum tipo de anistia ou perdão”, disse a advogada Jesselyn Radack, consultora jurídica do ex-técnico da NSA e advogada do Government Accountability Project, no mês passado.

No Congresso, alguns parlamentares já começaram a ceder em relação a Snowden. O senador pelo Kentucky Rand Paul, um dos nomes republicanos cotados para disputar a presidência em 2016, disse que o delator não merecer “pena de morte ou prisão perpétua”, mas “um julgamento justo com uma sentença razoável”.

“Acho que, no fim, a história vai mostrar que ele revelou grandes abusos do nosso governo e grandes abusos da nossa comunidade de inteligência”, afirmou.

Folha Online




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