Publicado em: 5 dez 2014

Doente, sargento dos Bombeiros de Guarabira é preso por não prestar continência

Coronel Macena

Coronel Macena comandante do Corpo de Bombeiros de Guarabira

Um sargento Bombeiro Militar, lotado no 3º Batalhão de Bombeiros Militar da Paraíba, com sede em Guarabira, está preso há 40 dias por não ter prestado continência a um superior. De acordo com reportagem divulgada no Grande Jornal 850 da Rádio Rural, o sargento Di Sousa foi diagnosticado com uma crise de bursite e não tinha condições de levantar o braço para proceder à continência a um tenente e foi enquadrado no Artigo 160 do Código Penal Militar.

O caso chegou ao conhecimento do promotor Marinho Mendes Machado, integrante da Comissão de Direitos Humanos do Estado da Paraíba, que criticou duramente a prisão do sargento e considerou que houve omissão da parte do comandante do 3º Batalhão, tenente coronel Joelson Macena. “O pior de tudo e que causa perplexidade, é que o chefe maior da corporação se omite e permite que tenentes e capitães causem um verdadeiro terror, assédio moral e horror à tropa”, diz o promotor em texto publicado em sua conta na rede social facebook.

Ouça áudio do Coronel Macena explicando o fato:

Veja texto do promotor Marinho Mendes:

REPRESSÃO, AUTORITARISMO, INCULTURA E ATRASO NA CORPORAÇÃO DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DA PARAÍBA

Na qualidade de Conselheiro Estadual dos Direitos do Estado da Paraíba, temos recebido na sede do Conselho Estadual dos Direitos Humanos do Estado da Paraíba – CEDHPB alguns Bombeiros Militar de graduação inferior a oficial e as queixas são de arrepiar. Na instituição que deve ter por lema salvar vidas, agora tem como máxima perseguir e oprimir integrantes da instituição de graduação subalterna, a exemplo de soldados, cabos e sargentos, de ciclo hierarquicamente abaixo dos oficiais, cuja classe se inicia a partir do posto de 2º Tenente.

O pior de tudo e que causa perplexidade, é que o chefe maior da corporação se omite e permite que tenentes e capitães causem um verdadeiro terror, assédio moral e horror à tropa, composta de homens que mesmo de graduação qualificada como praça, são cidadãos, pais, membros de uma comunidade onde são queridos e respeitados, mas para a corporação, são seres inferiores, proibidos de abrirem a boca, de se expressarem, sob pena de prisão, de autuação em flagrante, de punição disciplinar, que o diga o Soldado que discordou da prisão do Sargento Sousa em Guarabira.

Isto é fato, estamos agudamente preocupados, agora em Guarabira, um Tenente deu voz de prisão a um Sargento, pasmem, pelo simples fato de que estando a praça enferma, com fortes dores diagnosticadas como bursite não levantou o seu braço direito e prestou a continência a esse oficial de patente inicial, que desde praça, ainda Sargento, já colocava as unhas de fora e era isolado por seus pares. Anote-se que o Sargento preso e doente se encontra na cela castrense há mais de trinta dias, mesmo possuindo um filho especial, motivo que também causa desespero em toda sua família, já que o especial sente falta e indescritível saudade do pai preso, que ao invés de se encontrar de serviço no tristonho dia da sua segregação, deveria até mesmo pelos princípios da humanidade, se encontrar em casa se tratando, mas mesmo doente, foi preso pela arrogância, atrevimento ignóbil, insolência, empáfia, ostentação e pedantismo de um oficial de pré, cujas frustrações são dignas de tratamento pelos mais especializados psicólogos ou psiquiatras daqui e de fora, pois só eles, em suas sublimes intelectualidades, poderão penetrar no eu desse tenente de Guarabira e de um capitão de marés e explicarem o motivo pelo qual humilham, perseguem e de forma pequena se exibem para seus subordinados, só podendo ser mágoas e frustrações recalcadas e pretéritas, que não podem ser destiladas contra profissionais do Estado e não dos Bombeiros, como se fosse um orgasmo proveniente de um estupro.

Em Campina Grande recebemos informações de que um Sargento, esposo da Oficiala Comandante, gritava, ameaçava, acossava e perseguia companheiros de farda, e meus amigos, sabem o que aconteceu? Ao invés do tímido Comandante Geral afastar a comandante e punir o audacioso impudico marido da Comandante, mandou abrir um Inquérito Policial Militar contra o Cabo Sérgio Rafael, verdadeiro líder da sua classe, o qual adquiriu o respeito dos colegas, não por aventura, mas por compromisso.

Em João Pessoa a corporação parece que se esqueceu que se encontra sob o império da lei, existe um capitão que prende, autua em flagrante e pela omissão e frouxidão dos seus superiores, faz surgir em todos os cantos inquéritos policiais militares – IPMs contra quem discordar de qualquer ordem, mesmo que elas sejam esdrúxulas e ilegais, mas, suspeito de atirar num espaço oco uma aluna e torná-la deficiente físico para sempre, num fajuta IPM interno foi inocentado, o que demonstra a fragilidade ética e o corporativismo dos “senadores” da organização Bombeiro Militar. Mas iremos representar pela sua reabertura ao Promotor de Justiça Auditor e ao Magistrado da Auditoria Militar.

Da mesma forma, estamos enviando representações criminais às autoridades acima, além do próprio Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar e Governador do Estado da Paraíba, contra o Capitão necessitado de freios, que lamentavelmente apoiado pelos seus canhestros e pejosos superiores, constrange, avilta e deprecia profissionais do Estado, demonstrando que essa falha ética dos oficiais superiores da corporação só a amesquinham e demonstra que numa fraqueza ética, oficiais inferiores tragam mais atrapalhação a Organização Militar, que já repleta de controvérsias e enleios desse jaez, só demonstra que se encontra mal conduzida.

O comandante da corporação em Guarabira, tenente coronel Macena, foi procurado pelo repórter Pedro Júnior e esclareceu o fato no Grande Jornal 850 com Fabiano Lima e Jota Alves.

 

Portal do Litoral

Com Jornalista Pedro Júnior, repórter da Rádio Rural de Guarabira.




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