Publicado em: 23 ago 2019

Coronel e engenheiro cobravam até R$ 20 mil por emissão de alvarás contra incêndio

A Operação que desarticulou um esquema criminoso de emissão ilegal de alvarás para garantir o funcionamento de estabelecimentos, que foi deflagrada nesta sexta-feira (23) tem como alvo um coronel do Corpo de Bombeiros e um engenheiro. De acordo com as investigações, eles cobravam valores entre R$ 100 a R$ 20 mil para entregar os laudos contra incêndio.

Segundo as primeiras informações, o coronel seria o responsável por liberar os alvarás dos projetos de segurança contra incêndio e pânico na Diretoria de Atividades Técnicas (DAT). Para isso, ele contaria com a colaboração do engenheiro, que seria um intermediário para suposta correção de projetos mediante pagamento.

Dependendo do tamanho do estabelecimento ou do problema identificado, os valores cobrados poderiam chegar ao montante de R$ 20 mil.

Somente entre os anos de 2013 e 2018, o engenheiro teria feito 230 projetos de combate ao incêndio. Este fato provocou estranheza ao Ministério Público, que considerou excesso no número de projetos. O relatório parcial da investigação detalha ainda que o coronel teve depósitos realizados em sua conta bancária por pessoas físicas e jurídicas ligadas ao ramo da construção.

Os alvos da operação são o coronel do Bombeiros José Carlos de Souza Nóbrega, o engenheiro civil e empresário Diego da Silva Castro, proprietário da DC Engenharia. O coronel acabou sendo preso por porte ilegal de arma. No apartamento dele, localizado no bairro do Altiplano, também foram apreendidos R$ 17 mil em dinheiro.

O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (Gaeco/MPPB) cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos, no bairro do Altiplano, em João Pessoa, e na Praia do Poço, em Cabedelo.

Com ClickPB




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