Publicado em: 30 jun 2020

Campanha para empoderar mulheres em situação de vulnerabilidade social ganha adesão do Sindalcool

Foram nesses 100 dias de isolamento social por conta da pandemia que as pessoas se mostraram resilientes no quesito superação, mas no meio de tudo isso, a empatia também tem sido vista nos gestos e atitudes humanas como o projeto de extensão universitária “Bancos que Alimentam”, idealizado pelo Centro de Vocação Tecnológica em Segurança Alimentar e Nutricional (CVTSAN) da UFPB, que com a ajuda de parceiros, como o Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool da Paraíba (Sindalcool), e a Prefeitura Municipal de João Pessoa vem beneficiando 85 famílias da capital que estão produzindo e vendendo comidas típicas de milho, para ajudar nas despesas domésticas.

A campanha idealizada pelo CVTSAN foi iniciada há 15 dias para as 85 famílias em situação de vulnerabilidade social, beneficiárias cadastradas nas Cozinhas Comunitárias e no Centro de Comercialização da Agricultura Familiar (Cecaf), como também, acompanhadas pelo Banco de Alimentos da Prefeitura Municipal de João Pessoa. Elas já produziam alimentos, mas por conta da pandemia, tiveram um impacto nas vendas, e foi aí, que a UFPB, resolveu dá sua contribuição, doando kits de ingredientes juninos.

O projeto conta com a atuação de professores, técnicos e estudantes de cinco Centros de Ensino da UFPB, que segundo a professora de Tecnologia de Alimentos, Ana Luiza Braga, o objetivo do projeto é contribuir com o retorno ao trabalho de pessoas em situação de vulnerabilidade, sendo que dois kits já foram doados, e nesta terça-feira (30), o terceiro, fruto da parceria com agricultores e empresas, como o Sindalcool. “A venda dos produtos, como canjicas, pamonhas e bolo de milho, originários desse terceiro kit de ingredientes acontecerá na primeira semana de julho, quando ainda se mantém a tradição de vender comidas típicas”, lembrou.

Segundo as coordenadoras, Ana Luiza Braga e Carolina Lima de Albuquerque, inicialmente foi feita uma campanha de doações nas redes sociais para a compra de insumos, depois uma campanha nos supermercados para a troca de álcool produzido pela universidade, e a terceira, realizados entendimentos com empresas como o Sindalcool, entre outros, para a doação de alimentos.

A universidade foi responsável ainda pela orientação de forma virtual das mulheres, sobre Boas Práticas de Manipulação de Alimentos, organização da plataforma de venda dos produtos e a composição de uma música educativa, além de ter executado as campanhas. A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes/PMJP), por meio do Banco de Alimentos, ficou responsável pela logística de coleta de produtos doados, montagem e entrega dos kits e o apoio presencial às mulheres usuárias das cozinhas.

Os resultados positivos já são vistos nos olhos e relatos destas mulheres. Mas, os extensionistas da UFPB junto com a prefeitura de João Pessoa estão realizando um trabalho de levantamento de dados produtivos e de comercialização, para quantificar o real impacto na renda familiar.




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