Publicado em: 17 jan 2020

Após a ingestão de cervejas da Backer, 14 pacientes estão internados em estado grave com intoxicação por dietilenoglicol

Quatorze pacientes intoxicados com dietilenoglicol continuam internados em estado grave, com risco de morte, informou a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), durante a entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (7). Segundo a pasta, todos eles ingeriram a cerveja produzida pela Backer.

Até então chamada de síndrome nefroneural pelas autoridades de saúde, os casos passam a ser denominados, a partir de agora, de intoxicação por dietilenoglicol. A denominação de “síndrome”, segundo a secretaria, era porque não se sabia o que estaria provocando quadros de insuficiência renal e alterações neurológicas nos pacientes.

Segundo o Subsecretário de Estado de Saúde Felipe Laguardia, já são 18 casos notificados Quatro pessoas morreram. Os casos surgiram possivelmente após a ingestão de dietilenoglicol, substância tóxica que foi encontrada nas cervejas, nos tanques e na água para produção das bebidas da Backer.

A Secretaria de Estado de Saúde explicou que apenas a Polícia Civil tem a tecnologia necessária para fazer exames e confirmar com precisão se os pacientes que estão internados foram contaminados pelo dietilenoglicol. Esta seria o motivo apontado pelo órgão para a demora da confirmação dos demais casos.

“É rara a intoxicação por dietilenoglicol. A gente não sabe em relação a sequelas, evolução. Existe a possibilidade de que estes pacientes se recuperem, mas pode ser que também tenham sequelas”, disse a infectologista e diretora do Hospital Eduardo de Menezes Virgínia Antunes de Andrade.

Maior parte é homem

Dos 18 casos investigados pela Secretaria de Estado de Saúde, a maior parte é homem. O infectologista do Hospital João XXIII Adebal Filho disse que os efeitos vão variar em cada um. “Se a pessoa tiver ingerido a cerveja de barriga cheia, menor será a absorção do álcool e também do dietilenoglicol”, explicou.

Ainda de acordo com o infectologista, quanto maior a quantidade ingerida, maior risco de adoecimento;. Pacientes que já tinham alguma doença, especialmente renal ou hepático, têm mais chances de ter quadro grave. “A ingestão de outros tipos de álcool com a cerveja é o antídoto principal. Isso explica porque alguns adoeceram muito e outros não”, completou.





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